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O sector português da fundição está apostado na inovação, na economia sustentável e nas exportações, como forma de potenciar a sua capacidade instalada – mais de 60 empresas, quatro mil postos de trabalho, 600 milhões de euros de facturação, 85% dos quais nos mercados externos – e de responder aos desafios da reindustrialização.

Só assim poderá continuar a crescer a dois dígitos ao ano, segundo a Associação Portuguesa de Fundição (APF), responsável pela organização do XVII Congresso Nacional do sector, que decorre entre hoje e amanhã em Matosinhos. O congresso conta com duas centenas de participantes e “visa mobilizar operadores económicos, centros de conhecimento, fornecedores e clientes da indústria portuguesa de fundição para a definição de um plano estratégico que seja um referencial de futuro para as empresas”, adianta o presidente da APF, Filipe Villas-Boas.

Com a presença do presidente do IAPMEI, Miguel Cruz, passarão pelo congresso vários especialistas internacionais – entre eles o secretário-geral do Comité de Associações Europeias de Fundição, o alemão Max Schumacher, que falará sobre “A situação actual e os desafios da indústria europeia de fundição”.

Segundo a organização, a conferência de Max Schumacher definirá em grande medida as balizas deste XVII Congresso Nacional de Fundição.

No desenho do plano estratégico que a APF pretende definir, “as questões relacionadas com a gestão, a inovação e a evolução tecnológica são incontornáveis. Por isso, serão assuntos abordados, sob variados prismas, ao longo do encontro”, diz a mesma fonte.

A aposta do sector na reindustrialização traduziu-se num investimento superior a 100 milhões de euros, o que propiciou a criação de 500 postos de trabalho. As indústrias automóvel, metalomecânica, da construção civil, cerâmica, mineira, eléctrica e electrónica, naval, de máquinas agrícolas e industriais, ferroviária, eólica, aeronáutica e aeroespacial estão entre os seus clientes. Os principais mercados de destino das exportações estão na Europa: Alemanha, França, Itália, Espanha e Reino Unido.