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Brasil - Metalsider já fornece fundidos para carros
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A Metalsider inicia uma nova fase após se consolidar como tradicional fornecedora de ferro-gusa em seus 32 de história. Com investimento de R$ 200 milhões, a empresa com sede em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), inaugurou em janeiro deste ano, após dois anos de construção, uma nova fundição para fornecer peças fundidas para o setor automotivo. Com capacidade para fundir 60 mil toneladas por ano, a fábrica foi construída dentro do complexo industrial que tem no total 1 milhão de metros quadrados.
Nova unidade de fundidos da Metalsider já opera em um turno
“Apesar de ser uma das principais usinas de ferro-gusa do Estado, com capacidade para 420 mil toneladas por ano, o plano era dar um up grade nos negócios, foi quando nasceu a ideia de operar na área de fundição de autopeças”, conta Rogério Silva Junior, diretor-geral da Metalsider. Dessa forma o executivo voltou para o ramo onde atuou por 30 anos, na fundição do Grupo Fiat/FCA, a Teksid, um dos maiores fornecedores de blocos fundidos de motor do setor automotivo. Silva Junior foi presidente da empresa no Brasil até meados de 2015, quando se mudou para a Metalsider.
Estruturada sob um conceito inédito de verticalização, a nova fundição é 100% autossustentável, uma vez que o ferro-gusa é a matéria prima para ferro fundido. “Contamos com uma área para o plantio de 40 mil hectares de eucalipto dedicada à extração de carvão vegetal para o ferro gusa. Além disso, temos sete altos-fornos ligados por uma hidrelétrica que produz energia suficiente para a operação. É um nível de sustentabilidade inigualável no País”, enfatiza o executivo.
Operando atualmente em um turno, a nova unidade gerou 140 empregos diretos, o que, segundo Silva Junior, pode evoluir para 250 trabalhadores em 2017, com o início de algumas atividades em um próximo segundo turno.
PRONTA A TODO VAPOR
Apesar do pouquíssimo tempo de operação, a Metalsider comemora o fato de já ter carros rodando com suas peças. Embora prefira não revelar quem são os clientes, Silva Junior conta que a companhia já fechou negócios com duas empresas fornecedoras de primeiro nível (tier 1) e está caminhando para a terceira, mas também mira as montadoras (OEM): “Estamos preparados com uma operação industrial completa, providos de estrutura produtiva, engenharia, desenvolvimento e qualidade”, reforça.
Embora focados na expansão dos negócios, a empresa reconhece que o momento é de fato desfavorável para o mercado brasileiro de veículos. “Lá nos idos 2012, quando a Anfavea projetava uma produção de 5,2 milhões de veículos em 2018, isso causou uma euforia na indústria. Infelizmente, constatamos que anos depois isso caiu por terra. A decisão de investimento pela Metalsider não teve fundamento nesta previsão, até porque quando foi tomada a decisão o cenário já era outro. Mas era importante entrar em um mercado diferente, sofisticado, elevar nossas oportunidades de negócio e por isso, desde o começo, decidimos construir uma fundição eficiente”, conta.
Para ele, o viés negativo está no tempo em que o País – e a indústria automotiva – vai demorar para esboçar sua retomada: “Não existe outro futuro para o Brasil que não o crescimento. Há um potencial de uma pedra bruta que precisa ser polida. Como nova operação, estamos chegando em um momento em que muitos estão fechando. Nesta fase, as montadoras param por um momento de pensar no longo prazo, de planejar, investir e por fim, em desenvolver fornecedores. Preocupa sim esse time, esse marasmo, mas já passamos por tantas crises; tenho mais de 30 anos de atuação na indústria automotiva [na Teksid e Fiat], e sempre que voltamos de uma, o crescimento é rápido. Para encarar esta velocidade, temos de estar preparados. E nós estamos”, conclui.
Fonte: Automotive Business
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