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PIB do Brasil em 2017 deve ser de +1,6%

Publicada em 2016-08-22



O governo passou a projetar um crescimento maior para a economia em 2017. Depois da melhora de uma série de indicadores, principalmente dos de confiança de setores produtivos, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 1,2% para 1,6%.

Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton Araújo, essa mudança trará repercussões positivas não apenas na geração de emprego e de renda dos brasileiros, mas também impactos favoráveis para as contas públicas no próximo ano.

Esses impactos, no entanto, serão detalhados apenas em 31 de agosto, quando será apresentado o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017. Hamilton avaliou que esse 0,4 ponto percentual a mais no PIB será puxado pelo consumo das famílias e por investimentos.

“As informações que o Ministério da Fazenda vem coletando indicam que a atividade econômica no segundo semestre vai ter desempenho melhor que o observado no primeiro semestre”, relatou o secretário. “Nossas projeções indicam que teremos crescimento do PIB já no quarto trimestre de 2016”, observou.

“No setor privado há casas [corretoras e instituições financeiras] que trabalham com trajetória de crescimento já no terceiro trimestre. Isso não está no nosso cenário, mas não está descartado”, afirmou.

Melhora na economia

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, a expectativa manteve-se em 4,8%  próximo da meta perseguida pelo Banco Central.

Hamilton explicou que a economia já começa a registrar os primeiros sinais de mudança. Ele lembrou que, já em março, os mercados passaram a antecipar mudanças e desde então “progressos relevantes ocorreram em indicadores financeiros”.

O Credit Default Swap (CDS), que serve como uma espécie de termômetro para solidez de um País  e popularmente é conhecido como Risco País saiu da marca de cerca de 500 pontos em janeiro para algo ao redor de 250, recentemente.

Custo de vida em baixa

As expectativas de inflação também recuaram – as projeções para 12 meses à frente no Boletim Focus caíram de cerca de 7,2% no início do ano para 5,4%.

O Ibovespa, indicador que reúne as ações das principais empresas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), subiu de cerca de 42 mil pontos para um nível acima dos 58 mil pontos.

“Do ponto de vista de indicadores financeiros, isso ilustra bem que houve progressos relevantes ao longo dos últimos meses”, argumentou Hamilton.

“Temos observado paralelamente uma recuperação continua e importante dos indicadores de confiança do empresário e do consumidor”, ponderou.

Economia real

Segundo o secretário, do lado real da economia, é possível ver melhora nos indicadores de produção da indústria, que crescem há quatro meses consecutivos. Dados de produção de bens de capital, que têm ligação direta com novos investimentos, também têm evoluído positivamente.

“Estamos convictos de que nossa projeção é bem realista. Estamos confortáveis com a projeção de crescimento de 1,6%”, afirmou. Ele ainda fez questão de frisar que quanto antes os agentes recebem uma informação, mais seguros eles estão e menores são os riscos nas decisões de consumo e de investimento das famílias e das empresas.


Fonte: Portal Brasil