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Ainda não chegamos no fundo do poço?
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Desemprego em crescimento (existem no Brasil em torno de 12 milhões de desempregados), empresas ainda entrando em recuperação judicial ou falindo, atividade econômica ainda em queda assim como o PIB de 2016, expectativa de crescimento para 2017 sendo reduzida a cada nova avaliação, indústria automobilística vendendo cada vez menos, índice de criminalidade aumentando, Estados Brasileiros falidos ou em estado falimentar, dívidas do setor público aumentando, ...
As pesquisas de índice de confiança na economia estão melhorando, mas apesar do otimismo (que é muito importante) a economia não está respondendo. Pelo menos não na maioria dos setores da atividade econômica.
Para piorar: nosso impostos estão entre os mais caros do Mundo, sem a respectiva contraprestação de serviços; a burocracia fiscal é um absurdo ; temos os juros mais caros do Mundo, o que é muito bom para a minoria que tem dinheiro para investir; a nossa energia elétrica e os combustíveis estão entre os mais caros do Mundo, encarecendo os produtos fabricados e transportados; nossa infraestrutura não ajuda em nada; não há dinheiro disponível para investimentos e sem investimentos não há crescimento; e por ai vai...
A tão falada desindustrialização, que vem assolando o Brasil a tanto tempo, continua firme e forte.
Vocês podem até pensar que sou pessimista. Mas não, caso contrário já teria deixado o Brasil. Além do mais um pessimista nada mais é que um otimista realista.
Acredito no Brasil e no seu povo trabalhador. Temos que continuar com o combate a corrupção, que é uma praga Nacional. Temos que implementar a reforma fiscal. Nas eleições, temos que trocar os políticos corruptos e cobrar deles medidas de desenvolvimento para o País e mais preocupação com o coletivo e menos com os interesses pessoais.
O nosso País tem futuro. Temos tudo para fazer do Brasil um País com indústrias fortes. Neste contexto estão as fundições e aciarias que tem todas as condições para voltar a crescer.
Temos uma vasta gama de minérios que são essenciais para o setor metalúrgico. Temos um parque automotivo enorme, com grande potencial de crescimento e que consome muito aço e peças fundidas, porém a competitividade é essencial. Para tanto devem ser criadas condições de financiamentos para que as fundições e outras empresas possam investir em tecnologia e inovação. Sem este binômio, ficará difícil competir com as empresas mais desenvolvidas de outros países.
Alguns indicadores nos dão esperança:
Índices de inflação em queda; Juros (Selic) em queda, mesmo que ainda não esteja refletindo no varejo, é um bom indicador;
Existe a preocupação dos políticos com os anseios populares, que estão de olho nas suas atividades;
Reformas políticas em andamento, mesmo que lentamente;
Operações de combate a corrupção de políticos e empresários;
Apesar da crise, a indústria automotiva continua programando investimentos no Brasil;
Nos últimos dias algumas indústrias registraram aumento de pedidos para o início de 2017;
O Brasil tem um superávit comercial substancial;
O Brasil tem boas reservas cambiais.
Conclusões:
Por tudo o que estamos vivenciando e pelos pareceres de analistas econômicos, eu diria de uma forma macro, que a economia ainda está perdendo forças, porém com menor velocidade.
Em breve estaremos realmente no fundo do poço, para em seguida a economia voltar a deslanchar. Em 2017 será o ano da estabilização (por baixo), com recuperação a partir do quarto trimestre.
Durante 2018 a economia deverá voltar a crescer de forma substancial, mesmo porque será um ano eleitoral e nós vamos fazendo nossa parte.
Edomar Manske
Fonte: Foundry Gate
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