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Faltam peças para o setor automotivo.
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O aquecimento da produção de automóveis, que prevê para este ano a fabricação recorde de 3,4 milhões de veículos, está sendo apontado como vilão da falta de autopeças em revendas e oficinas. Segundo o setor, a indústria tem canalizado sua produção para suprir as montadoras, deixando o mercado sem peças de reposição, fazendo com que os carros demorem mais nas oficinas.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Minas Gerais (Sindirepa-MG), Marco Túlio Starling, antigamente essa dificuldade era comum em carros importados, pois muitas peças têm que vir de fora. Mas hoje, reclama, acontece também com carros nacionais. "Se você quiser um filtro de ar de Gol 2009, não acha", reclama. "Além da marca do carro, a dificuldade de achar peça depende do ano, do modelo", observa ele, lembrando que uma vez, por falta de um para-choque, um Corolla ficou 90 dias parado.
Para Starling, a produção recorde de automóveis tem sido fator determinante para a falta de peças. "Não sobra para o mercado de reparados. A indústria de autopeças trabalhando com sua capacidade máxima já tem tido dificuldade para atender as montadoras", acredita ele.
Mais caro. O mecânico José Eustáquio Araújo, proprietário da oficina Auto Center, em Belo Horizonte, afirma que essa falta de peças também serve para inflacionar o mercado. Segundo ele, muitas peças subiram de preço nos últimos meses, aproximadamente 20%. "É a lei da oferta e da procura. Está difícil de encontrar, o preço sobe", afirma.
Antes, destaca Araújo, a demora era comum com carros importados, mas, agora, mesmo em casos como a Fiat e Volkswagen, a espera tem sido maior. "Tanto que falo com o cliente da data que vou entregar o carro, só depois que a peça está garantida", garante.
O vice-presidente do Sindirepa aponta que a saída tem sido a importação de peças, principalmente da China. "O que é pior porque não sabemos o que estamos comprando e podem ser peças de má qualidade. Coloquei uma peça em uma L200 (caminhonete da Mitsubichi) que quebrou quatro vezes", ressalta.
Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Antônio Carlos Bento, falar em falta de peças para importados tudo bem, mas para nacionais, não é bem assim. "Em relação a 2008, o faturamento dos fabricantes cresceu 6,4%, ou seja, a produção aumentou. Além disso, a fatia de carros importados cresceu, ou seja, o nosso público, que são os nacionais, ficou relativamente menor. Por isso, não há justificativa para faltar peças", afirma Bento.
O dirigente conta que em reunião na semana passada com fabricantes de embreagens, pastilhas, correias e vários outros tipos de peças, o entendimento era único: não faltam peças.
Fonte: O Tempo
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