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Indústria de máquinas agrícolas volta a crescer e retoma contratações
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A supersafra de grãos no Brasil, a melhora do cenário econômico e o crédito disponível trouxeram de volta a confiança do produtor em investir. A mudança de comportamento foi confirmada nos cinco dias da Agrishow 2017, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, que se encerra nesta sexta-feira em Ribeirão Preto (SP). Com a retomada do crescimento, as indústrias já planejam a criação de novas vagas de emprego ao longo do ano.
O reaquecimento do mercado, após dois anos de retração nos negócios, vem animando fabricantes do setor — que planejam fechar 2017 com crescimento de 15% em relação a 2016. O desempenho, apesar de positivo, ainda está longe do auge de 2013 e 2014, quando o mercado alcançou volumes recordes de vendas no país (veja ao lado). Mas pelo menos deixa para trás o período sombrio de crise — quando o setor reduziu vagas de emprego e segurou investimentos.
A confiança na volta do crescimento fez as indústrias agrícolas do grupo CNH, dono das marcas Case IH e New Holland, manter 600 trabalhadores contratados temporariamente no segundo semestre do ano passado.
— E se tudo ocorrer como estamos prevendo, essas vagas poderão se tornar fixas até o final do ano — completa Alexandre Blasi, diretor de mercado da New Holland no Brasil.
Empresas voltam a contratar no país
O otimismo é reforçado em números. No primeiro quadrimestre do ano, as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias cresceram 33,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
— O mercado está reagindo muito bem. Tivemos uma safra de grãos excelente em termos de produtividade — avalia Rodrigo Bonato, diretor de vendas da John Deere no Brasil.
O movimento levou indústrias a voltarem a contratar, depois de um período de demissões e estagnação nas vagas. No primeiro trimestre do ano, as contratações no setor cresceram 5,2% na comparação com mesmo período de 2016, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
— Voltamos a crescer, a confiança retornou e não falta crédito. Isso é o mais importante — considera João Carlos Marchesan, presidente da Abimaq.
Com mais de 60% da produção nacional concentrada no Rio Grande do Sul, o Estado será beneficiado diretamente pela melhora de mercado. Depois de um primeiro trimestre animador, a marca Valtra, do grupo AGCO, prevê crescer 15% no ano e aumentar as vagas nas fábricas, entre elas uma em Canoas e outra em Santa Rosa.
— Contrataremos proporcionalmente à reação de mercado — adianta Paulo Beraldi, diretor comercial da Valtra no Brasil.
Fonte: Indústria Hoje
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