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MAN contrata 300 empregados para sua fábrica no RJ

Publicada em 2017-09-18



Com a melhora do mercado e a crescente demanda na exportação, a MAN Latin America contratou mais 300 empregados para sua fábrica em Resende (RJ). Segundo comunicado da companhia, 200 novos funcionários serão alocados na linha de produção de caminhões e ônibus e outros 100 irão para o recém-criado centro para atendimento aos clientes das marcas Volkswagen Caminhões e Ônibus e MAN, o Customer Forum. Atualmente, a folha de pagamento da montadora é de 3,3 mil funcionários. A empresa chegou a deter 4,5 mil empregados em Resende.

O anúncio foi feito em paralelo ao lançamento da nova linha de caminhões da marca. Com engenharia totalmente brasileira e produzida em Resende, a nova família Delivery chega ao mercado de caminhões de 3,5 toneladas, considerados veículos para distribuição urbana. O novo produto demorou cinco anos para o desenvolvimento e investimentos de quase R$ 1 bilhão, segundo o presidente da MAN, Roberto Cortes.

O executivo disse, que com o ritmo melhor da produção e a nova linha de caminhões, neste ano não haverá férias coletivas na fábrica na fábrica.

— Estamos confiantes de que as economias do Brasil e da América Latina continuarão a sua curva de retomada para os próximos meses e anos. Mantivemos nossos investimentos e já iniciamos um novo ciclo de aportes, que somarão mais R$ 1,5 bilhões até 2021 — disse Cortes.

A MAN voltou a trabalhar cinco dias por semana em julho, depois de ter reduzido a jornada na produção por quase dois anos. Além disso, para atender a demanda na exportação e a encomenda de grandes empresas, a montadora acordou com o sindicato dos metalúrgicos de Resende (RJ) a adoção de horas extras em sua fábrica até dezembro. Os empregados trabalharão três sábados por mês.

O ritmo de produção diário passou de 107 unidades para 123 veículos, cerca de 20% de incremento com a nova linha de produto, os contratos de exportação e a melhora nas vendas no Brasil. Cortes disse que esse movimento confirma que está em curso uma leve retomada da atividade no país, como indicam os dados do PIB.

— A gestão nesses grandes frotistas prevê uma idade média dos caminhões de dois a três anos. E prorrogaram muito a renovação da frota. Isso gera um custo de manutenção, que quando se coloca na ponta do lápis, não compensa. Vamos ver mais empresas indo ao mercado para comprar caminhões —, afirmou.

Novo segmento - O caminhão foi um desenvolvimento da engenharia da montadora no Brasil e contou com a participação de 380 engenheiros. Segundo Cortes, esse caminhão será produzido somente na fábrica de Resende, pelo menos por enquanto. Com isso, a unidade passará a ser base de exportação do Grupo Volkswagen.

— Temos como alvo 30 países neste primeiro momento. América Latina, África e Oriente Médio. Todos são mercados parecidos com o brasileiro. Agora temos um caminhão para competir com aquele veículos pequeno asiático e acredito que em dois ou três anos, podemos dobrar nossas exportações —, disse Cortes.

Neste ano, as vendas externas da montadora devem somar 8,5 mil veículos, entre caminhões e ônibus, e devem representar cerca de 30% da produção.



Fonte: O Globo