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RCO-SITI e Balancins fazem pedido de recuperação judicial
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O Sindicado dos Metalúrgicos de Mogi Guaçu informou, na tarde desta sexta-feira (25), que as empresas RCO-SITI e Fundição Balancins entraram com um processo de pedido de recuperação judicial. Não é de hoje que as duas empresas estão enfrentando uma crise financeira. A antiga e tradicional empresa SITI de Mogi Guaçu foi adquirida pelo Grupo RCO de Tambaú em meados de setembro do ano passado, e desde então, passou a se chamar RCO-SITI. Depois dessa incorporação, a empresa começou a dar sinais de crise e demitiu cerca de 80 a 100 funcionários alegando estar com dificuldades econômicas. Os trabalhadores que foram demitidos não receberam as verbas rescisórias e acionaram a Justiça do Trabalho.
Segundo o advogado do sindicato Adilson Sulato Capra, o valor informal da dívida da RCO-SITI gira em torno de R$ 30 milhões, o que inclui credores trabalhistas, fornecedores, bancos, tributos e prestadores de serviços. Capra explicou que até então os trabalhadores estavam recebendo de forma parcelada, já que um acordo havia sido firmado entre a empresa e os credores. Porém, a empresa começou a atrasar esses pagamentos e as reclamações começaram a surgir. Foi a partir disso que o sindicato descobriu em uma pesquisa na internet que a RCO-SITI está com pedido de recuperação judicial.
Isso significa que todos os pagamentos estão congelados por um período de seis meses, como determina a lei. O tempo é estabelecido para a empresa tentar conseguir perante a Justiça comum o deferimento do pedido de recuperação judicial.
Para os funcionários em atividade da RCO-SITI, o pedido de recuperação judicial não afeta em nada. Capra informou que os salários estão sendo pagos. A principal pendência, por enquanto, é o não recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Já a crise financeira na Fundição Balancins começou em 2016. De lá para cá foram demitidos cerca de 150 funcionários que também saíram sem nenhum pagamento rescisório. Havia também alguns credores recebendo parcelas de seus débitos, mas como a empresa pediu o processo de recuperação judicial, os pagamentos estão congelados. O advogado do sindicato informou que as dívidas trabalhistas da Balancins giram em torno de R$ 5 milhões.
Além disso, a empresa deve mais de R$ 80 milhões a fornecedores, bancos, prestadores de serviços, tributos, e outros R$ 4 milhões a microempresas e pequenas empresas. Juntamente com o presidente do sindicato, Benedito da Silva, o advogado informou que a real situação das duas empresas chegou ao conhecimento deles nesses últimos dias e que o sindicato diante de tudo isso tem o papel de fiscalizar os pedidos de recuperação judicial para, assim, poder defender os direitos dos trabalhadores.
Capra disse que a medida parece ser ruim, mas pode gerar bons resultados se as empresas cumprirem de maneira correta tudo o que a Justiça determinar durante os processos, como, por exemplo, manter as atividades e pagamentos atuais da empresa sem interrupções. “O processo de recuperação judicial de certo ponto é uma medida viável que veio anteceder a medida de falência. Dá a chance da empresa se recuperar e gerar novos empregos e impostos, mas tudo isso depende que tudo seja feito de maneira ordeira.”, encerrou o advogado.
Fonte: gazetaguacuana.com.br
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