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Importação: vantagem ou desvantagem?

Publicada em 2010-09-24



O real valorizado e a demanda de produtos siderúrgicos mais baratos no mercado interno ainda são combinações perigosas ao setor de distribuição, uma vez que a compra de aço estrangeiro torna-se cada vez mais interessante financeiramente para muitas empresas, em detrimentos das altas taxas brasileiras, aumentando os estoques de produtos nacionais.

Mesmo tendo reduzido o preço do aço em cerca de 10% a 15%, as siderúrgicas nacionais, ainda perdem para as importações, que chegam a ser 30% mais baratas.

Segundo fontes do setor, para tentar reverter a situação do mercado, distribuidoras que compram produtos domésticos, têm reduzido a margem de lucro e repassado a redução oferecida pelas siderúrgicas, no entanto, a concorrência interna pelo mercado está ser tornando um verdadeiro ”mata-mata”. Sem espaço para crescer, muitas estão minguando esperando nova movimentação do mercado.

Mas, enquanto umas amargam o sabor da importação, outras se beneficiam, como é o caso da Trimetais Indústria Metalúrgica, empresa especializada no corte, dobra e caldeiraria em chapas de aço e na prestação de serviços, que aponta o mercado como favorável.

Embora a empresa ainda não tenha recuperado 100% da produção do período pré-crise, depois que passou a comprar materiais importados com a Frefer, como meio de driblar a crise, sentiu melhora no mercado, pois não faltou material e não houve a necessidade de reduzir o lucro da empresa.

No entanto, nem todas as empresas se deram bem na decisão de importar. Segundo fontes, a quem tenha encomendado o material estrangeiro, mas não tenha tido capital para retirá-lo do porto. Isso porque para efetuar a retirada, geralmente três meses após o pedido de importação, é preciso pagar os custos à vista e com a baixa comercialização do aço nacional neste período de espera da enbarcação não gerou lucro suficiente para custear a importação.

Para as fontes, o único meio de haver uma melhora no mercado doméstico é a redução do Custo Brasil, que hoje é o maior impulso para a importação.


Fonte: Infomet