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GM ameaça deixar o Brasil se não retomar lucratividade
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A General Motors (GM) anunciou que investimentos futuros da companhia no Brasil dependerão do retorno das margens de lucro ainda neste ano. O comunicado foi enviado por e-mail por Carlos Zarlenga, presidente da GM Mercosul, aos funcionários na última sexta-feira (18). O conteúdo também foi fixado no quadro de avisos das cinco unidades fabris brasileiras – duas delas ficam no Sul: Joinville, em Santa Catarina, e Gravataí (foto), no Rio Grande do Sul. O comunicado foi entendido pelos trabalhadores como uma ameaça da grife norte-americana de abandonar o Brasil.
No texto, Zarlenga reproduziu reportagem publicada na semana passada pelo Detroit News. O jornal afirmava, que ao divulgar o balanço financeiro de 2018 aos acionistas, Mary Barra, a presidente mundial da companhia, sinalizou que está considerando sair da América do Sul, onde mantém fábricas no Brasil e na Argentina. "Não vamos continuar investindo para perder dinheiro", teria dito Mary. De acordo com a execuitva, os maiores mercados sul-americanos continuam sendo desafiadores e "partes interessadas" na região trabalham com a empresa para tomar ações necessárias para melhorar o negócio "ou considerar outras opções".
A ameaça da GM foi feita uma semana depois das montadoras Volkswagen e Ford anunciarem uma aliança com foco nas vendas de vans e picapes. As marcas também disseram que devem estender a parceria para o desenvolvimento conjunto de carros elétricos e autônomos. O anúncio foi feito durante o Salão de Detroit e vai permitir às empresas cortar custos em meio a um cenário de queda nas vendas de veículos na China e nos EUA, os dois maiores mercados para o setor automotivo. As negociações entre as duas empresas começaram em junho de 2018. Segundo as montadoras, a parceria comercial vai começar em 2022 e não há intenção de qualquer fusão ou troca de participações entre as empresas.
No passado, no Brasil, as duas montadoras também anunciaram um acordo. Mais precisamente em 1987 Volkswagen e Ford assinaram uma parceria que formaria um gigante no mercado, a Autolatina. Integrando as fábricas das duas empresas, a ideia era compartilhar os custos e potencializar os pontos fortes de cada uma. Apesar de todo o processo ser cumprido em 1987, apenas em 1990 que as fabricantes iniciam o funcionamento da empresa. No início dos anos 1990, a Autolatina começou a ser questionada. A equipe da Volkswagen sentia-se incomodada com perda de mercado para o Uno Mille. A empresa queria entrar neste segmento de “populares”, mas a Ford tinha uma estratégia diferente, o que se evidencia pela sua tardia entrada neste mercado com o modelo Ford Ka. Da mesma forma, os engenheiros da Volkswagen percebiam que era chegada a hora de remodelar o Gol, mas a equipe da Ford não concordava com o investimento necessário, pois tinha outras prioridades na linha Escort. A decisão de dissolver a Autolatina e separar as duas empresas foi tomada no final de 1994 e efetivou-se em 1996, ocasião em que os sistemas de informação passaram a ser específicos a cada uma delas.
Fonte: amanha.com.br
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