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Parque guseiro está inseguro diante do risco de escassez de minério
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Assim como o parque produtor de aço, o segmento de ferro-gusa em Minas Gerais também teme o desabastecimento de minério de ferro em virtude da suspensão parcial das atividades de mineração no Estado.
Embora as usinas ainda estejam produzindo nos mesmos patamares do período anterior ao rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), ocorrido em janeiro, a manutenção dos níveis produtivos ainda é incerta.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer-MG), Fausto Varela Cançado, as empresas estão inseguras e veem com muita preocupação o desempenho do setor no decorrer deste exercício.
“Ainda é cedo para falarmos de números. Não sabemos, ao certo, qual será o impacto e como o próprio mercado irá reagir daqui para frente. Mas já é possível armar, por exemplo, que não alcançaremos os resultados projetados no início do ano”, disse sem revelar qual a projeção inicial.
Os motivos, conforme Cançado, são inúmeros: da possibilidade de desabastecimento ao aumento de preços em virtude da suspensão das atividades da Vale – segunda maior mineradora do mundo.
Desde o desastre com o reservatório de rejeitos de minério de ferro, que, entre as consequências, deixou mais de 200 mortos e coloca em risco o abastecimento de água da Grande Belo Horizonte, a Justiça determinou a interdição de barragens e minas da companhia. Um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) prevê, por exemplo, que, no cenário atual, haverá perdas de 90 milhões de toneladas de minério de ferro somente neste exercício.
Ritmo
De toda maneira, o presidente do Sindifer-MG ponderou que, embora o balanço do primeiro trimestre ainda não tenha sido fechado, estima-se que a produção tenha mantido os mesmos níveis dos primeiros três meses de 2018.
Caso isso se conrme, segundo ele, só terá sido possível por um esforço das mineradoras de “sacricar as exportações em benefício do mercado interno”.
Por outro lado, ele lamentou não poder precisar por quanto tempo este movimento será mantido.
“Essa foi uma preocupação imediata para defender as usinas de um possível desabastecimento. Mas isso não está totalmente descartado. Daí a nossa preocupação”, revelou.
No ano passado, conforme Cançado, o setor produziu 3,16 milhões de toneladas de gusa, representando um avanço de cerca de 15% sobre o ano anterior. O crescimento foi possível, segundo ele, graças à retomada de alguns fornos no decorrer de 2018.
Fonte: Diário do Comércio
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