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Preço do minério de ferro deve permanecer estável em 2020, diz XP

Publicada em 2019-12-27



O analista projeta que o piso da cotação do minério de ferro em 2020 deve ser de US$ 75,00 a tonelada, considerando uma maior demanda na China e o movimento de reestocagem por parte das siderúrgicas pelo mundo.

O minério de ferro deve apresentar uma relação entre oferta e demanda mais equilibrada em 2020, o que deve manter os preços no mercado internacional nos níveis atuais. A avaliação é de Yuri Pereira, analista de siderurgia, mineração, papel e celulose da XP Investimentos.

A cotação do minério de ferro continuará sendo ditada pela demanda da China para a produção de aço, junto com a retomada da produção pela Vale.

O analista projeta que o piso da cotação do minério de ferro em 2020 deve ser de US$ 75,00 a tonelada, considerando uma maior demanda na China e o movimento de reestocagem por parte das siderúrgicas pelo mundo.

A manutenção dos preços do minério de ferro nos patamares observados em 2019, combinado com a geração de caixa e a atual cotação das ações tornam a Vale o nome preferido da XP Investimentos para o segmento de siderurgia e mineração.

As ações das siderúrgicas brasileiras devem se beneficiar da retomada do mercado interno, especialmente o setor de construção, mas as empresas precisarão lidar com um aumento dos custos, diante da necessidade de realizar investimentos.

“Nos últimos anos as siderúrgicas investiram muito pouco por conta da crise, com a demanda muito reprimida. Com isso, a depreciação no alto forno é muito mais acelerada e agora, para a retomada de investimentos, as empresas precisam correr muito mais”, diz Pereira em vídeo publicado no site da XP.

Para ele, as tarifas de importação do aço não devem recuar no Brasil em 2020, diante da guerra comercial ao redor do mundo. O analista afirma que o governo não deve baixar as tarifas enquanto os Estados Unidos adotam uma postura protecionista.

Entre as siderúrgicas, o analista da XP Investimentos destacou a Gerdau, que deve registrar margens saudáveis nos Estados Unidos e se beneficiar da recuperação do setor de construção no Brasil.


Fonte: Valor Invest