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Produção de fundidos tem novo incremento em 2019

Publicada em 2020-02-19



Trata-se da terceira alta consecutiva, tendência que deve ser mantida nos próximos anos

Dados preliminares divulgados pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição dão conta que a produção brasileira de peças fundidas aumentou pelo terceiro ano seguido, totalizando 2,28 milhões de toneladas em 2019. O crescimento foi de 8,8% em relação a 2016, 6,5% sobre 2017 e de 0,8% em relação a 2018.

 

Mais uma vez, o ferro fundido liderou a produção do setor (1,84 milhão t), seguido do aço (259, 2 mil t) e dos metais não ferrosos (192 mil t). Comparativamente ao exercício anterior, o principal crescimento ficou por conta do aço (+6,6%), seguido do ferro fundido (+0,5%). Na vertente oposta, a produção de fundidos em metais não ferrosos caiu 3,7%. Veja a tabela 1.



O mercado interno foi responsável pela alta da produção de fundidos em 2019, tendo registrado aumento de demanda de 1,6% sobre 2018. No total, 1,92 milhão de toneladas foram comercializadas no país. 

Já as exportações caíram 3,6% em peso (364,1 mil t) e 4,1% em valor (728,1 MUS$). Os números detalhados estão na tabela 2.



Para atender à demanda de peças fundidas em 2019, o setor empregou 55.002 profissionais. Com isso, em dezembro a sua produtividade alcançou 40,9 t/h.a.

Segundo ranking da revista Modern Casting (data-base dezembro de 2018), o Brasil passou da 10ª para a 9ª posição entre os produtores mundiais de fundidos, atrás da China, Índia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Rússia, México e Coreia (tabela 3)



Perspectivas para 2020 

Tendo em vista os principais índices da economia e as projeções dos principais mercados consumidores de fundidos no país (ver gráfico abaixo), Afonso Gonzaga, presidente da ABIFA, acredita que o setor tem condições de crescer entre 5,5% e 6% este ano, com a manutenção da capacidade instalada em 4 milhões de toneladas anuais.




A projeção da entidade é que a demanda do setor aumentará gradativamente, atingindo 3,2 milhões de toneladas em 2023. Para isso, Gonzaga confia nos desdobramentos da Reforma Previdenciária e Trabalhista brasileira, além da implementação da Reforma Tributária, que, juntas, proporcionarão maior competitividade ao empresariado brasileiro, paralelamente à facilitação da oferta de crédito para investimentos.


Fonte: ABIFA