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Após Ford, Chevrolet, Honda e Audi retirar ou diminuir produção de veículos no Brasil, a Bosch traz fabricação dos EUA para Curitiba
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Em um movimento contrário aos de Ford e Chevrolet, a multinacional fabricante de autopeças Bosch decidiu trazer sua produção dos EUA para o Brasil
A multinacional alemã fabricante de autopeças Bosch foi de contra o movimento das fabricantes de automóveis Ford, Chevrolet, Honda e Audi, que decidiram retirar ou diminuir produções no Brasil, e trouxe para o Brasil a produção de injetores e bicos de injetores para caminhões que eram produzidos em suas fábricas nos Estados Unidos, ampliando assim, a divisão de sistemas de injeção diesel em sua fábrica de Curitiba.
De acordo com o engenheiro especialista em eletrônica e telecomunicações, Antônio Jorge Martins, a estratégia da Bosch reflete, sobretudo, o enorme potencial do mercado brasileiro no setor.
Além disso, a intenção da multinacional alemã é abastecer não só o mercado interno, mas também exportar uma grande quantia – que pode chegar a até metade da produção.
Em entrevista à agência de notícias Sputnik Brasil no dia 9 de março, Martins afirma que “As empresas hoje se instalam nos continentes não somente para atender àquele tipo de mercado do país onde está se instalando, mas também para vender para os demais países que pertencem ao continente, e até a outros continentes”.
A multinacional Bosch já fez no dia 6 de março, a mudança dos EUA para o Brasil. A alemã usou a segunda maior aeronave cargueiro do mundo, a Antonov 124, para transportar até Campinas (SP) 115 máquinas de produção de injetores e bicos de injetores.
A vinda da produção dos EUA da Bosch para Curitiba favorecerá principalmente os fabricantes de caminhões no Brasil
De acordo com Martins que também é coordenador dos cursos da área automotiva na Fundação Getúlio Vargas, a vinda da produção dos EUA da Bosch para Curitiba favorecerá principalmente os fabricantes locais de caminhões no Brasil, que não precisarão mais importar os produtos da Bosch.
Ele destaca que o favorecimento vai além do preço menor: sem a necessidade de importar, as empresas podem organizar melhor as finanças. Isso porque, quando importam, as empresas normalmente garantem um largo estoque, suficiente para suprir a demanda de pelo menos um semestre.
“Favorece fabricantes e, como consequência, […] poderá até propiciar aos fabricantes nacionais um volume de exportações maior, fruto do aumento de competitividade”, analisa o especialista.
Em 2019, o Grupo Bosch completou 65 anos de Brasil – uma história de sucesso que se iniciou em 1954 na cidade de São Paulo. Atualmente o Grupo Bosch emprega no país cerca de 8.000 colaboradores e registrou, em 2019, um faturamento líquido de R$ 5,2 bilhões com a oferta de produtos e serviços para os setores Soluções para Mobilidade, Tecnologia Industrial, Bens de Consumo e Energia e Tecnologia Predial.
As operações do grupo na América Latina empregam cerca de 9.400 colaboradores que contribuíram para gerar um faturamento de R$ 6,4 bilhões, incluindo as exportações e vendas das empresas coligadas.
Fonte: clickpetroleoegas.com.br
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