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País se firma como 4º maior mercado mundial de carros
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O mercado de carros novos caiu pelo segundo mês seguido, mas, ainda assim, foi o melhor outubro da história, com 303,1 mil unidades vendidas no País. Em relação a setembro, quando foram feitos 307 mil licenciamentos, houve recuo de 1,3%. Em agosto a indústria havia vendido 312,8 mil veículos, incluindo caminhões e ônibus e, em julho, 302 mil.
De janeiro até o mês passado, foram comercializados 2,8 milhões de veículos, um crescimento de 8% na comparação com o mesmo período de 2009. Para o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), Sérgio Reze, "a ligeira queda de setembro para outubro foi motivada pela menor quantidade de dias úteis". Setembro teve um dia útil a mais.
Nos últimos quatro meses, as vendas das montadoras têm se situado no patamar de 300 mil unidades. Significa que, diariamente, são despejados 10 mil novos carros nas ruas do País.
O patamar alcançado neste ano deve ser mantido ao longo de 2011. Os fabricantes preveem vendas de 3,6 milhões de veículos, ante os 3,4 milhões que devem ser vendidos até dezembro. Com esse volume, o Brasil se consolida como quarto maior mercado mundial de automóveis. Fica atrás da China, dos Estados Unidos e do Japão.
O mercado brasileiro vai completar em 2010 sete anos seguidos de crescimento. Partiu de 1,5 milhão de unidades em 2004 até níveis acima de 3 milhões neste ano. "O resultado dos primeiros dez meses do ano mostra a tendência de crescimento do setor", diz Reze. Até 2014, a projeção dos executivos das montadoras é de ultrapassar a casa de 4 milhões de unidades.
É esse crescimento sólido que tem atraído novos investimentos. As fabricantes já instaladas prometem investir US$ 11,5 bilhões até 2014 em ampliação de capacidade e novos produtos.
Também há novas montadoras chegando ao País, como a coreana Hyundai, que terá uma fábrica própria em Piracicaba (SP) e a chinesa Chery, que vai construir uma unidade em Jacareí (SP). Na semana passada, a japonesa Suzuki, a chinesa Haima e o grupo brasileiro Rossin-Bertin também anunciaram, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, projetos para construírem linhas de montagem local.
Primeiro zero. O crescimento do mercado brasileiro está se dando principalmente entre consumidores das classes C e D, que estão tendo acesso ao primeiro carro zero principalmente com a facilidade dos financiamentos e prazos longos para pagamento.
"Dois terços das pessoas que compram um carro hoje andavam de Mercedes-Benz ônibus, o primeiro veículo foi uma motocicleta e os pais andavam de jegue", diz Sérgio Habib, presidente do grupo SHC, dono de uma rede de concessionárias de várias marcas e importador oficial dos luxuosos Jaguar e, a partir de 2011, dos chineses da marca JAC.
Habib ressalta que a expansão do consumo está ocorrendo em regiões antes menos favorecidas. Em São Paulo, maior mercado consumidor de carros no País, as vendas estão estagnadas, diz o executivo, que já foi presidente da Citroën do Brasil. Já em Salvador (BA), os negócios cresceram 22% este ano.
Segundo Habib, "o mercado de Salvador era a metade do de Porto Alegre em 2000; hoje, é 40% maior". A diferença é que na Bahia o consumo é mais voltado para carros básicos, mais baratos (até R$ 40 mil), enquanto no Rio Grande do Sul são modelos mais caros.
O executivo ressalta que o mercado hoje é mais dinâmico regionalmente. Em 1998, São Paulo e Rio respondiam por 33% das vendas de automóveis, participação que hoje é de 21%. As regiões Norte e o Nordeste, que ficavam com 17% dos negócios, atualmente respondem por 23%.
Primeiro carro e expansão
Sérgio Habibi - Presidente do Grupo SHC
"Dois terços das pessoas que compram um carro hoje andavam de Mercedes-Benz ônibus"
Sérgio Reze - Presidente da FENABRAVE
"O resultado dos primeiros dez meses mostra a tendência de crescimento do setor"
Fonte: O Estado de São Paoulo
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