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Cobre fecha em forte queda com receio sobre China

Publicada em 2010-11-18



Os preços dos contratos futuros dos metais básicos fecharam em queda acentuada, pressionados por receios com a possibilidade de a China elevar os juros para conter a inflação. Também pesaram sobre o valor dos metais a preocupação dos investidores com a situação fiscal de países com economias relativamente pequenas da União Europeia, como Irlanda e Portugal, e a apreciação do dólar - que torna as commodities denominadas na moeda norte-americana mais caras para os detentores de outras divisas.

"A única coisa positiva na minha tela é o dólar e isso precipita a realização de lucros", disse Frank Lesh, analistas de futuros e operador da FuturePath Trading. "É uma realização de lucros por parte de alguns investidores de longo prazo."

Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde da London Metal Exchange (LME), o contrato do cobre para três meses caiu US$ 494,00, ou 5,71%, para US$ 8.150,00 por tonelada. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do cobre para dezembro recuou US$ 0,1975, ou 5,03%, para US$ 3,7275 por libra-peso, com mínima de US$ 3,6855 e máxima de US$ 3,9325 ao longo da sessão.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o contrato do chumbo para três meses fechou em queda de US$ 198,00, a US$ 2.256,00 por tonelada, enquanto o contrato do zinco recuou US$ 200,00, para US$ 2.138,00 por tonelada. O contrato do alumínio caiu US$ 158,00, para US$ 2.241,00 por tonelada. O contrato do níquel perdeu US$ 1.530,00 e encerrou o dia a US$ 20.820,00 por tonelada, enquanto o contrato do estanho fechou em baixa de US$ 1.370,00, a US$ 24.525,00 por tonelada.

"Os preços das commodities continuaram caindo por receios com apertos monetários na Ásia após o banco central da Coreia do Sul ter elevado os juros em 0,25 ponto porcentual. A decisão, embora esperada, serviu para destacar o efeito que o recente aumento nos preços das commodities teve sobre a cadeia de fornecimento, gerando preocupações de que a China poderá fazer o mesmo no curto prazo", afirmou o analista Michael Hewson, da CMC Markets.

Entre os metais preciosos, o contrato do ouro para dezembro negociado na Comex fechou em baixa de US$ 30,10, ou 2,20%, a 1.338,40 por onça-troy, com mínima de US$ 1.329,00 e máxima de US$ 1.364,30 ao longo da sessão. O ouro foi pressionado pela perspectiva de que a China adotará medidas para conter a inflação e pelo fato de o CME Group - controlador da Nymex - ter anunciado que vai elevar os requerimentos de margem para alguns metais preciosos a partir do encerramento da sessão de hoje.

"É uma grande liquidação de posições que foram acumuladas ao longo do ano", disse Frank Lesh, operador e analista de futuros da FuturePath Trading, acrescentando que a queda refletia a saída de dinheiro especulativo dos contratos do ouro. "Você é forçado a fazer isso quando o mercado cai à sua volta." As informações são da Dow Jones.


Fonte: Estadão