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Preocupação com o câmbio é cada vez maior nas indústrias.
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Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com 204 empresas do estado mostra que, entre as principais preocupações da indústria paulista, a taxa de câmbio foi a que obteve o maior crescimento na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano. O câmbio, que era o sétimo problema mais citado na pesquisa, por 20,5% dos empresários, passou para a quarta posição, apontado por 28,9% dos industriais.
De acordo com o levantamento, obtido com exclusividade pela Agência Estado, o câmbio, que era citado por 25,9% das empresas de grande porte no segundo trimestre, foi mencionado por 41,2% dos grandes industriais no trimestre seguinte. Entre as grandes empresas, o câmbio foi o segundo principal problema a ser enfrentado, atrás apenas da carga tributária, citada por 70,6%. Entre as médias empresas, o percentual dos que citaram o câmbio como um dos principais problemas passou de 23,3% no segundo trimestre para 39,7% no terceiro trimestre, e entre as pequenas, de 15,4% para 18,7%. Na pesquisa, o problema mais citado pelos empresários foi a carga tributária, mencionada por 74% dos entrevistados no terceiro trimestre, ante 71,3% no trimestre anterior.
Em seguida, aparecem entre as menções: a competição acirrada de mercado, citada por 45,6% dos industriais (45,1% no segundo trimestre), e as taxas de juros, com 30,4% (31,1% no trimestre prévio). Também foram apontadas, na pesquisa, o custo da matéria-prima, por 27% dos entrevistados, ante 29,5% no trimestre anterior, e a falta de trabalhadores qualificados, por 19,6% dos entrevistados, ante 23% no segundo trimestre.
Na avaliação do diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, as respostas que citaram o câmbio estão diretamente relacionadas àquelas sobre a competição acirrada de mercado. "O câmbio, hoje em quarto lugar, pulou de 20% das citações para 30%. Mas a competição acirrada encara o mesmo problema, uma vez que o empresário vê, pelo lado do câmbio, uma dificuldade maior das exportações e, pelo lado da competição acirrada, uma dificuldade cada vez maior por conta da entrada dos importados no País", disse.
Segundo ele, a evolução da entrada de importados e a perda de força da produção nacional são os grandes temas para a indústria e o grande desafio para o futuro. "Um velho problema que voltou com força neste momento."
Fonte: DCI
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