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Setor de máquinas crescerá até 18% em 2010, diz Abimaq

Publicada em 2010-02-03



Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) espera uma expansão de 15% a 18% no faturamento do setor em 2010, mas isso não será suficiente para recuperar perdas sofridas em 2009, quando as vendas em termos reais desabaram 20%, pressionadas por queda nas exportações.

O setor, que historicamente tem cerca de 30% de seu faturamento gerado por vendas externas, amargou redução de 40,5% nas exportações de 2009, perdendo espaço para países como a China em mercados importantes como os Estados Unidos, afirmou o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto.

Segundo ele, o desempenho esperado para 2010, que se dará sobre vendas de R$ 64 bilhões em 2009, não pode ser considerado inteiramente como positivo por causa da fraca base de comparação com o ano passado.

"Qualquer número que tivermos em 2010 vai ser maior que 2009... Talvez nos próximos três a cinco anos, com os projetos do governo, como o 'Minha Casa Minha Vida' e o pré-sal, e Copa do Mundo, a gente consiga recuperar", afirmou Aubert.

Em 2009, por conta da crise financeira internacional, que travou investimentos no País, e da valorização do real sobre o dólar, a maior parte dos setores que compõem a indústria de máquinas e equipamentos registrou quedas de vendas, em alguns casos acima de 50%, como foi o caso de máquinas para madeira na produção de móveis.

O segmento voltado à indústria de petróleo e gás foi exceção, impulsionado por projetos da Petrobras , afirmou Aubert. Essa área - formada por bombas e motobombas, bens sob encomenda e válvulas - teve o melhor desempenho em 2009 entre 11 segmentos acompanhados pela Abimaq.

As vendas de bombas e motobombas avançaram 18,1%, as de bens sob encomenda tiveram alta de 2,6% e as de válvulas apresentaram recuo de apenas 5,6%.

Enquanto isso, o segmento de máquinas agrícolas teve queda de 30%, têxteis de 32% e máquinas-ferramenta de 42%.

Aubert afirmou que as indústrias de siderurgia, petróleo e gás e mineração deverão incentivar a expansão prevista nas vendas de 2010, diante da volta da demanda por commodities no mercado internacional.

Segundo ele, as fabricantes de máquinas correram em janeiro para aproveitar programas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) num ritmo acima do visto no ano passado.

http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201002032028_RTR_1265228927nN03181953&idtel=

 


Fonte: terra.com.br