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Siderúrgicas da Ásia reajustam preço do aço
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O aumento do custo das principais matérias-primas para a produção do aço (minério de ferro e carvão mineral) leva as siderúrgicas asiáticas a elevar os preços de produtos no início deste ano. A indiana JSW Steel pode aumentar os preços de seus produtos em 3% e a China Steel já anunciou a elevação de seu preço médio em 2,9% no mês de março de 2011.
Apesar do aumento, analistas de mercado afirmam que em vista das expectativas de alta dos custos e da demanda nos próximos meses, o aumento de preços em março e abril será definitivamente maior do que o atual.
Um dos motivos do aumento do preço do carvão é a enchente no Estado de Queensland, na Austrália, país este que responde por 60% do fornecimento do insumo para produção de aço. Além disso, a Vale já havia divulgado um novo aumento de preço para o minério de ferro.
Como reflexo dessa situação de altos custos de produção, a Posco, da Coreia do Sul, divulgou um resultado do quarto trimestre de 2010 abaixo do esperado. A empresa alertou quanto à dificuldade de repassar esses custos para o mercado.
Brasil
Aqui, no Brasil, a expectativa é de que os preços mantenham-se no atual patamar, apesar de a quase-totalidade do carvão ser importada. A ArcelorMittal em Tubarão já havia citado a manutenção dos preços de novembro.
A CSN informou via assessoria de imprensa que não comenta essas variações de mercado.
Aliás, a companhia liderada por Benjamin Steinbruch comunicou ontem ao mercado e a acionistas as condições propostas para a incorporação de sua controlada CSN Aços Longos. Esta medida será votada no dia 28.
Com a incorporação, a CSN Aços Longos será extinta, o que, segundo a empresa, 'trará benefícios administrativos e econômicos, permitindo a racionalização e a unificação das atividades atualmente exercidas, resultando na redução de custos e gastos administrativos, com otimização da estrutura administrativa'.
Segundo o gerente de Dados Econômicos do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Antônio Lannes, as grandes siderúrgicas brasileiras, como CSN, Usiminas e Gerdau, não serão tão afetadas pelo aumento de preços internacionais. 'Essas empresas possuem minas próprias e há casos em que até se beneficiam por exportarem o minério de ferro ao mercado internacional', diz o executivo. Esta vantagem vem do fato de que o preço cobrado no exterior é mais elevado do que o praticado no mercado interno, continua Lannes.
Na contramão, a importação de carvão aumentou 64% em valor no ano de 2010, na comparação com o anterior. Segundo Lannes, no ano passado o Brasil gastou US$ 3,5 bilhões com o insumo, ante US$ 2,1 bilhões. O Instituto Aço Brasil ainda não divulgou o balanço anual de 2010, mas até novembro o queda de 2,8% da produção nacional.
A Usiminas e a Gerdau não retornaram o pedido de entrevista até o fechamento desta edição.
Fonte: DCI
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