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A produção de fundidos deve crescer cerca de 10% em 2011, chegando a 3,55 milhões de toneladas. A estimativa - feita a partir de levantamento realizado junto aos associados da Abifa - foi apresentada na semana passada pelo presidente da entidade, Devanir Brichesi, em coletiva de imprensa, em São Paulo.

Como lembrou Brichesi, o volume estimado deve representar apenas 76% da capacidade instalada da indústria brasileira de fundição, calculada em 4,70 milhões de toneladas. Segundo o dirigente, a produção de fundidos de ferro deve crescer 8,5%, chegando a 2,96 milhões t; a de fundidos de aço, 18%, chegando a 290 mil t; e a de não-ferrosos, 10%, chegando a 300 mil t.

Como a indústria automotiva - que responde por cerca de 50% do consumo de fundidos no País – estima crescer apenas 1% em 2011, Brichesi explicou que este era um sinal de aumento de consumo nas demais cadeias de produção, em especial infraestrutura e ferroviário. “Esperamos que esta seja a realidade. Nossa preocupação é saber quem irá abastecer esse consumo”, disse, numa referência ao crescimento das importações no setor.

Crescimento de 41% - O balanço do setor em 2010 foi bastante positivo. A produção de fundidos atingiu 3,24 milhões t, com expansão de 41,1% sobre o volume apurado em 2009 (2,29 milhões t). Mas o presidente considera 2009 “um ponto fora da curva”. A referência é o ano de 2008, quando foram produzidas 3,35 milhões t – portanto, 2010 ainda ficou 3,4% abaixo.

As exportações em 2010 representaram 13,3% da produção, com 431,6 mil t exportadas, contra as 300,9 mil t de 2009, o que representa crescimento de 43,5%.

No primeiro mês de 2011, o setor produziu 244,2 mil t, 12,9% acima da produção de janeiro de 2010, mas ficou 1,1% abaixo da produção de dezembro de 2010. As exportações, em relação ao mesmo mês do ano passado, atingiram 41,3 mil t, com crescimento de 45,8%. Em faturamento, a variação foi mais significativa, de 67,2%.