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A admirável leveza do aço
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Maurício Tumolo é um eterno apaixonado pelo aço. Aos 73 anos, o homem que trabalhou na distribuição por mais de quarenta anos exibe um brilho nos olhos ao falar da profissão na qual criou os filhos e construiu seu patrimônio. “Zé Tonelada”, como era conhecido quando vendedor, fala de tubos, perfis e bobinas com amor e energia impressionantes.
Ele não atua mais no setor desde 2000 - quando encerrou sua empresa, a MT Representações - mas arrumou uma maneira de não precisar se separar do aço. No dia de nossa entrevista, encontro Maurício de terno e gravata, como o executivo que fora até onze anos atrás. Mas ele, assim como faz com o aço, surpreende: vem para falar de paixões, de sonhos, vida, arte. O artista plástico, que em 1956 abandonou o emprego no banco para vender aço na Edmundo de Lucia (onde permaneceu até 1958), se orgulha ao falar de como conseguiu, de maneira nada convencional, manter o aço tão presente em sua vida.
“Ele respira aço”, diz Belinha, sua esposa. Pensa que ele se ofende? “Foi uma vida inteira de dedicação, e ela participava de tudo, era minha sócia. Todos os dias, quando eu chegava em casa, era a mesa coisa: ‘quantas toneladas vendeu hoje?’”, relembra, com a mesma alegria de quem resgata uma memória de infância.
Antes de abrir seu negócio, em 1970, Maurício trabalhou por quatro anos na J. Torquato (de 1958 a 1962), uma das grandes distribuidoras da época, e oito anos na Cia Perfilados Jafet (1962 a 1970). Formado em ciências contábeis, ele não consegue imaginar sua vida sem sua grande paixão, o aço. Quem o conhece, acredite, também não consegue.
Hoje, Maurício Tumolo faz quadros sobre o processo de produção do aço. Desde mineração até o produto final, ele retrata com fidelidade espantosa cada detalhe que sua mente conseguiu fotografar em mais de quarenta anos de profissão. Suas pinceladas revelam cores, texturas e ambientes com precisão, e são capazes de impressionar até mesmo quem nunca colocou os pés em uma usina siderúrgica. Aliás, se este for caso, não há problema: Maurício explica, como um professor a seu aluno, como funciona cada etapa por ele retratada.
Ao fechar a MT Representações, Maurício quis resgatar um sonho que tinha abandonado no início da carreira: viver das artes. Foi estudar música, aperfeiçoar algumas línguas, e entrou para uma oficina de pintura, onde se destacou. “Eu ajudava os colegas, dizia pra colocar mais sombra aqui, esfumaçar mais ali. O professor me disse ‘O que você está fazendo aqui? Você é profissional, tem que abrir um ateliê, expor seu trabalho!’”.
Fonte: Revista Brasileira do Aço
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