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Governo Brasileiro impõe barreira à importação de carros.
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O governo brasileiro decidiu impor barreiras às importações de automóveis de qualquer parte do mundo. Carros prontos agora estarão sujeitos a licenciamento não automático para entrar no País, segundo apurou o Estado com fontes do setor privado.
A preocupação do Brasil é com o crescimento das importações de automóveis este ano. Entre abril de 2011 e abril de 2010, a média diária de importações de automóveis cresceu 55,7%. No acumulado entre janeiro e abril deste ano, comparado com o mesmo período de 2010, a alta foi de 80,3%.
A medida atinge principalmente Argentina, México e Coreia do Sul, os principais fornecedores de carros importados pelo Brasil. A barreira não foi criada como uma retaliação à Argentina, país vizinho e sócio do Mercosul. No entanto, será motivo de preocupação para o governo da presidente Cristina Kirchner, uma vez que 39% das exportações argentinas para o Brasil são do setor automotivo. Na fronteira entre Brasil e Argentina, já estão parados 67 caminhões com carros.
Essa ofensiva do governo tentará forçar a Argentina a rever as barreiras que dificultam a entrada de produtos brasileiros naquele País. Uma fonte do governo afirma que a liberação das importações dos outros mercados, que não o argentino, será de maneira acelerada. Os pedidos para importação desses produtos da Argentina serão retidos.
As regras da OMC fixam um prazo de 60 dias para que o País examine as licenças de importação fora do canal automático, mas a fonte destaca que o Brasil poderá ultrapassar este limite caso a Argentina não reveja suas políticas. O governo avalia que o governo argentino não entraria com uma representação contra o Brasil na OMC porque não cumpre este o prazo.
A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) foram informadas da decisão pelo governo. Uma fonte do setor automotivo lamentou que a relação Brasil e Argentina tenha chegado a esse ponto. "É uma política de perde perde", afirmou. No entanto, a fonte acredita que o governo brasileiro não tinha outra saída porque as medidas argentinas estão gerando instabilidade no comércio entre os países do Mercosul.
Fonte: O Estado de São Paulo
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