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Setor de fundição está preocupado, porém otimista mesmo com restrições.

Publicada em 2011-05-25



O decréscimo no volume de produção e exportação do setor de fundição no mês de abril pode não ser uma tendência a ser seguida ao longo do ano, afinal o presidente da Abifa - Associação Brasileira de Fundição, Devanir Brichesi, destaca que deste déficit de 7,2% na produção e 22% na exportação, comparando março e abril, pode ser reflexo de dois dias úteis a mais no mês de março. Por isso, não descarta o otimismo de que o setor crescerá, no mínimo, 10% em 2011e prefere esperar os resultados do mês de maio para tirar conclusões sobre o mercado.

Contudo, o presidente não esconde o receio diante da suspensão da licença automática para os automóveis importados da Argentina pelo governo brasileiro, que revidou com a mesma moeda o embarreiramento feito pelo governo argentino aos produtos de 600 setores nacionais.

Com esta suspensão, a autorização para importação, que antes era automática entre os países, agora demora 60 dias para ser liberada. Isto, segundo Brichesi poderia beneficiar o setor automobilístico nacional, pois força a compra no País, não fosse um agravante: a Argentina, ao lado do México e da Coréia, é também um dos principais destinos das peças de fundições brasileiras.

De acordo com Brichesi, a Abifa está apreensiva com os resultados da medida de restrição. “Seguindo o exemplo da Argentina, a Coréia, por exemplo, também pode dificultar a entrada de nossos produtos”, declara preocupado.

Tentando auxiliar os governos nas tomadas de decisões, o presidente da Abifa e também da ALAIF - Associação Latino Americana da Indústria de Fundição, se reuniu esta semana com instituições e empresários no México para discutir quais as possíveis complicações que esta restrição pode gerar para o setor. “Temos que tratar esta questão com muito zelo, senão todos podem ser atingidos”, finaliza.

 


Fonte: Infomet