Notícias
GM já teria escolhido São José para fazer aporte bilionário.
Tweet
São José dos Campos, no interior de São Paulo, deve receber o investimento bilionário da norte-americana General Motors (GM). As negociações para que a montadora bata o martelo e escolha o local para a nova planta, que irá receber aporte de R$ 2,5 bilhões, já teriam sido costuradas pelos executivos, segundo uma fonte ligada à companhia no País. "A GM ainda não anunciou oficialmente, mas é quase certa a escolha do Brasil para receber este investimento", disse a fonte, que preferiu não se identificar.
A disputa pelo vultoso aporte está entre três países, segundo informou a montadora, que não revela quais. Mas é certo que um destes países seria a Coreia do Sul.
Apesar de não confirmar a informação, a GM mantém os planos de fabricar um modelo da Peugeot - que provavelmente será um compacto - caso o investimento venha para a planta de São José. A GM no País está, inclusive, em fase de planejamento para viabilizar a montagem para a marca francesa na unidade do Vale do Paraíba.
No mês passado, a imprensa internacional noticiou uma possível compra da Peugeot pela montadora norte-americana, fato que foi veementemente negado por ambas as empresas. Em 2012, a GM fez uma aliança global com a PSA Peugeot Citroën para sinergias, principalmente, na área de compras.
"Os executivos da GM estão analisando todas estas possibilidades, inclusive já estão trabalhando para que todo o planejamento estratégico esteja fechado quando o anúncio do investimento for feito", disse a fonte. Os esforços da GM para trazer este aporte para o Brasil só reforçam que a matriz deve anunciar, nos próximos dias, a decisão tomada pelo board em Detroit, nos EUA.
As negociações com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos são a prova deste esforço. Isso porque a entidade é conhecida por sua rígida atuação, o que quase inviabilizou que o Brasil participasse da disputa pelo investimento global. Há pouco tempo, a planta joseense já perdeu um investimento de cerca de R$ 700 milhões para São Caetano do Sul (SP) - sede da montadora no País - porque o sindicato não aceitou os termos da proposta da companhia.
A entidade também não havia concordado com vários pontos da proposta da montadora para levar o novo aporte para a cidade. Após diversas reuniões entre maio e junho, no entanto, as duas partes fecharam um acordo.
A unidade do Vale do Paraíba abriga hoje uma das linhas mais defasadas da companhia no mundo. O setor conhecido como Montagem de Veículos Automotores (MVA), que escoa o popular Classic, está desatualizado, afirmam fontes do mercado, com baixa produtividade. Por esse motivo, rumores do fechamento do setor - que empregava, até o ano passado, 1,5 mil funcionários - começaram a circular e o sindicato travou uma batalha por meses para impedir demissões em massa.
Neste ano, foram dispensados cerca de 700 funcionários e o diretor de assuntos institucionais da GM do Brasil, Luiz Moan, afirmou que serão abertos programas de demissão voluntária (PDV) para reduzir "rapidamente" o excedente de pessoal.
Planos de investimentos
Em junho, Moan afirmou que a decisão sobre o destino dos R$ 2,5 bilhões seria tomada no máximo até a primeira semana deste mês. Porém, nada foi divulgado ainda.
Entre os planos da montadora, está a construção de mais uma fábrica, que poderia inclusive ser levantada em um novo polo industrial, que será erguido com incentivos do Estado de São Paulo e da prefeitura de São José dos Campos. Entre os benefícios oferecidos pelo município, estão a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Sobre Serviços (ISS).
O complexo industrial da GM em São José é considerado o maior da companhia no mundo, com oito fábricas que produzem não só a nova picape S10, o utilitário Blazer a o Classic, mas também motores, transmissões e kits desmontados para exportação. Ao todo, são mais de 7 mil funcionários no complexo de São José.
Já a nova unidade da GM, prevista para começar a operar em meados de 2017, precisaria da contratação de cerca de 2,5 mil funcionários. De acordo com Moan, a "prioridade" será dos ex-funcionários que saírem através das dispensas feitas pela companhia ao longo de 2013.
Reformulação
Nos últimos dois anos, a GM tirou de linha diversos modelos e lançou cerca de sete novos carros no Brasil. Além disso, a montadora está reformulando sua atuação na América Latina, e os novos modelos estão sendo redistribuídos nas plantas de São Caetano, Gravataí (RS), além de Rosário, na Argentina, que receberá em breve a produção do sedã Cruze, atualmente no ABC paulista.
A GM, no Brasil, mantém já há algum tempo o terceiro lugar em emplacamentos totais, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), com cerca de 19,7% de participação de mercado, atrás da Fiat e da Volkswagen.
Fonte: DCI
Tweet
Notícias Relacionadas
- Importações de minério de ferro da China batem recorde em abril
- Maior mina de ferro do mundo fica no Brasil e tem o teor superior a 65%
- VAZ VILLA expõe suas Soluções em Matéria Prima para a Indústria Metalúrgica
- Metalurgia 2025: Executivo do Trust Group destaca tendências do mercado de aço e as oportunidades no comércio internacional
- Criada uma liga metálica leve e flexível para temperaturas extremas
- Congresso Técnico da Intermach aborda Tendências da Inteligência Artificial e Tecnologias de Automação Industrial para a Indústria
- Provável ‘avalanche’ de produtos chineses no mercado global devido à sobretaxa americana preocupa indústria brasileira
- Schulz de Joinville realiza distribuição milionária a colaboradores com base em resultados
- Veja Todas as Notícias