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Montadoras continuam acelerando na China.
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Se as montadoras de automóveis de todo o mundo estão receosas diante de uma desaceleração chinesa, a inauguração de três novas fábricas no mês passado é uma maneira engraçada de demonstrar a preocupação.
Apesar do nervosismo em relação a um aperto de crédito no mercado financeiro, queda na expansão econômica e crescente número de cidades considerando a adoção de restrições às vendas de automóveis, as atividades empresariais ainda estão fortemente aquecidas na China. Confrontada com a pior desaceleração das vendas em duas décadas na Europa e desempenho decepcionante em outros mercados emergentes como a Índia e a Rússia, a indústria automobilística tem despejado bilhões no país.
A PSA Peugeot Citroën inaugurou sua terceira fábrica neste mês, em contraste com sua política na Europa, onde está fechando fábricas e cortando empregos, enquanto a Ford e a GM cortaram, ambas, as fitas inaugurais de novas fábricas no mês passado. A Renault está perto de assinar um contrato para ser admitida na China.
"Os fabricantes não parecem, absolutamente, preocupados", diz Philip Watkins, diretor de pesquisa de ações do setor automobilístico no Citi Investment Research. "Ainda há um potencial muito grande de crescimento na China”.
As vendas de automóveis na China cresceram 14% nos primeiros seis meses deste ano, contra uma queda de 7% na Europa. As vendas de automóveis na China responderam por cerca de 35% dos lucros das montadoras europeias, segundo uma pesquisa Morgan Stanley.
Mas a desaceleração da economia poderá começar a afetar o poder de compra, e as restrições à propriedade de veículos nas grandes cidades em resposta a preocupações com emissão de poluentes e congestionamentos inibirão o crescimento urbano.
Ainda assim, há ainda grande potencial. Estimativas sugerem existir cerca de 60 carros para cada 1.000 pessoas - bem abaixo da média de 500 na União Europeia.
Talvez a estatística mais reconfortante para os líderes de mercado - Volkswagen, General Motors e Hyundai - é que apenas cerca de 15% dos carros novos são comprados mediante financiamento, ou seja, as concessionárias deverão ficar imunes a quaisquer crises de crédito.
Fonte: Valor Econômico
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