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New Holland do Brasil projeta venda estáveis neste ano.
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A fabricante de máquinas de linha amarela New Holland Construction elevou em 21% suas vendas de máquinas no Brasil no ano passado, para 4 mil unidades, o equivalente a 13% do mercado. Um quinto do total foi vendido ao governo, para o programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) de entrega de equipamentos a pequenos municípios. Em toda a América Latina, as vendas da empresa somaram 5,2 mil unidades em 2013.
Neste ano, a expectativa de Nicola DArpino, diretor da empresa para a América Latina, é de um resultado próximo ao de 2013, ou seja, em linha com desempenho do mercado. A estimativa de entidades do setor é de um crescimento de 3% a 5% no ano.
Segundo o executivo, ainda não é esperada para este ano a demanda as empresas que venceram as concessões de rodovias e aeroportos no país. E, em geral, as expectativas não são de grande aumento das compras de máquinas para projetos de infraestutura do país. 'E linha amarela significa investimento em infraestrutura', afirma DArpino.
Apesar da desaceleração recente, o segmento de máquinas para construção vem crescendo fortemente no país quando se observa seu desempenho nos últimos anos. De um patamar de 3,4 mil unidades vendidas há dez anos, o mercado passou a 30 mil em 2013.
No momento, o Brasil ainda está apenas no começo do desenvolvimento deste mercado, diz DArpino, o que incentiva a empresa a atuar no país. Isso fica nítido na comparação com países desenvolvidos, principalmente no caso de máquinas de menor porte. O mercado brasileiro de minicarregadeiras, por exemplo, soma cerca de 2,5 mil unidades anuais, enquanto nos Estados Unidos o volume está mais próximo de 15 mil.
A expectativa da New Holland é de participar da evolução deste mercado no país. 'Fazemos um plano de investimentos de cinco anos e observamos o PIB e o investimento previsto em infraestrutura', diz DArpino. A empresa produz suas cinco principais linhas de produtos - retroescavadeiras, motoniveladoras, tratores de esteira, escavadeiras e pás carregadeiras - em sua fábrica em Contagem (MG), e importa alguns tipos de máquinas menores.
A New Holland Construction concorre no país com empresas como JCB, Komatsu, John Deere, BMC Hyndai e Sany. A empresa não divulga sua receita no país, mas considerando uma média de R$ 200 mil por máquina, pode-se estimar vendas próximas de R$ 800 milhões no ano passado.
Segundo o executivo, a companhia colocou entre suas prioridades no país o investimento em inovação e produção local. Assim, a venda se enquadra no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que dá crédito mais barato do BNDES ao comprador desde que o produto tenha ao menos 60% de conteúdo nacional. 'O PSI trouxe facilidade de capital de giro. No setor amarelo, dá mais respaldo financeiro para os clientes menores', diz DArpino.
O PSI dá às fabricantes locais alguma vantagem competitiva em relação aos importados, que são a grande preocupação do setor. E, apesar de o dólar ter subido no último ano, o que favorece a indústria local, ainda não resolve a questão da competitividade, diz Milton Rego, diretor de Relações Externas da CNH Industrial, controladora da New Holland. Segundo ele, uma alta de 25% do dólar é equivalente a um aumento de três pontos percentuais no imposto de importação de máquinas no país, de 14%.
A New Holland Construction faz parte do grupo CNH Industrial, que é da Fiat e também controla a New Holland Agricola, a Case Construction e a Case Agrícola. Em todo o mundo, o grupo faturou € 25,8 bilhões no ano passado.
Fonte: Valor
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