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Demanda faz fabricante de caminhão prever alta de 16%
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SÃO PAULO - Com o retorno dos investimentos da classe empresarial brasileira e o aumento de produtos sendo transportados - como minérios -, o setor de caminhões volta a comemorar seu desempenho no final do ano. Aguardando crescimento de 16% no fechamento do segundo semestre na comparação com a primeira metade do ano e expectativas de maior expansão para 2010, contratações já foram realizadas e investimentos prosseguem na cadeia produtiva. A fabricante Iveco já aguarda "falta momentânea" dos modelos extrapesados em outubro, momento em que a cadeia começa a se ajustar para conseguir atender a demanda, antes paralisada.
"Agora temos que acelerar todo um sistema que antes estava lento. Além disso, quase todos os fornecedores e algumas montadoras entram em férias coletivas no final do ano. Esperamos mais estabilidade em janeiro ou fevereiro", afirmou o vice-presidente Comercial e Institucional da Iveco para a América Latina, Antonio Dadalti. Segundo o executivo, os contratos desses modelos foram os últimos a retornar, o que gerou uma nova demanda para a cadeia, desde a ponta. A expectativa é que sejam comercializados no segundo semestre deste ano 53 mil caminhões, contra os 46 mil no primeiro. "A maior variação da porcentagem no segundo semestre será por conta dos pesados", afirmou Dadalti.
Sobre os investimentos da montadora, o vice-presidente Comercial afirmou que em 2011 a companhia encerrará seu ciclo de investimentos, que começou em 2007, de R$ 570 milhões entre novos produtos e a fábrica. "Nós não tiramos o pé do freio porque sabíamos que o problema não estava concentrado no mercado brasileiro", disse o executivo.
Para o ano de 2010, a projeção conservadora da empresa é que a venda de caminhões no País se estendam 10% na comparação com 2009. "Nada indica que o mercado volte a cair e por outro lado todos os dados apontam para um crescimento mais forte do que isso", afirmou.
A virada do mercado também já é percebida pela fabricante Mercedes-Benz, que em setembro acredita que o mercado absorveu 10 mil novos caminhões. Os números oficiais da indústria automobilística serão divulgados amanhã pela Anfavea (associação que reúne as montadoras). "O segmento de bebidas, mineração e de cargas mostrou um aquecimento. Esses provocaram grande queda nos pesados. Agora no segundo semestre já começamos o planejamento para o setor canavieiro", afirmou o diretor de Vendas para o Mercado Interno da montadora, Gilson Mansur.
A Mercedes, que acaba de anunciar a contratação de 800 pessoas para atuarem nas áreas de produção de caminhões e ônibus em sua planta de São Bernardo do Campo (SP), garante que a indústria está pronta para atender o crescimento da demanda. "Mas ainda estamos longe do patamar de pico do ano passado", salientou Mansur. De acordo com o executivo, a companhia está ajustando bem a sua produção e está tendo flexibilidade para inverter a produção de determinados produtos.
Mesmo com boas expectativas para 2010, o diretor da Mercedes-Benz afirmou que noções mais claras para projeções do mercado poderão ser dadas a partir de novembro.
Foco no Brasil
No final de setembro, a fabricante alemã MAN, que em dezembro adquiriu a Volkswagen Caminhões e Ônibus, anunciou que o Brasil, assim como outros países emergentes, é prioridade para a companhia. O desempenho apresentado no mercado brasileiro será um ponto estratégico para a companhia alemã para enfrentar a estagnação de mercados mais maduros que antes eram o foco da empresa.
Nos próximos cinco anos, a empresa espera ampliar seu mercado fora da Europa dos atuais 25% para 50%.
Fonte: DCI - 06/10/2009
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