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Crise faz Usiminas parar de produzir aço
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Os dois fornos da Usiminas em Cubatão param de operar nos próximos dias. A usina terá áreas primárias desativadas temporariamente e deixará de produzir aço, passando a processar chapas que receberá da outra usina da empresa, em Ipatinga.
A paralisação provocará demissões e reflexos na economia de toda a região. E foi tomada para que a empresa possa fazer um ajuste de sua configuração industrial e capacidade produtiva. O quadro é reflexo da crise econômica e deverá resultar em demissões, grande temor das áreas industrial, sindical e política na região.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Florêncio Resende de Sá, o Sassá, a categoria neste momento está em alerta.
"Nos reunimos com a empresa nesta manhã (de quinta-feira), depois da divulgação oficial do fechamento, mas não temos como tomar providências neste momento porque a empresa ainda não sabe quando nem como (a desativação) vai ocorrer", afirma o sindicalista.
Ainda segundo Sassá, um possível fechamento já vinha sendo demonstrado pela empresa. "Eles não tem investido em equipamentos".
Prejuízos
A direção da empresa não sabe ainda quantos serão demitidos, mas um balanço divulgado nesta quinta-feira (29) indica prejuízo líquido de R$ 1,04 bilhão no 3º trimestre de 2015 e prejuízo líquido de R$ 780,8 milhões no 2º trimestre de 2015.
O número reflete, principalmente, a forte desvalorização cambial no período e o cenário de desaquecimento nos mercados siderúrgico e de minério de ferro. O objetivo da paralisação é fortalecer a capacidade competitiva da Companhia diante do contexto de progressiva deterioração do mercado siderúrgico.
Para isso, a Usiminas iniciará imediatamente um processo de desativação temporária das áreas primárias da Usina de Cubatão: sinterizações, coquerias, altos-fornos (um dos quais já tinha suas atividades paralisadas desde maio de 2015), aciaria e de atividades associadas a estas áreas.
A estimativa é de que este processo seja concluído entre três e quatro meses. As operações da Usina de Cubatão se concentrarão nas áreas de laminação (tiras a frio e tiras a quente) e terminal portuário. A siderúrgica está avaliando alternativas de como suprirá estas linhas com placas para serem laminadas.
Chapas grossas
No dia 25 de setembro, a Usiminas anunciou a paralisação temporária do laminador de chapas grossas na usina de Cubatão. A empresa alegou queda de demanda desse produto provocada pela crise econômica.
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Unidade de chapas grossas suspendeu as atividades no final do mês de setembro |
Na ocasião, foi a segunda unidade com atividades suspensas na usina de Cubatão. A primeira tinha sido o Alto Forno 1 no dia 31 de maio deste ano. Com a paralisação, a produção de ferro gusa da empresa seria reduzida em aproximadamente 120 mil toneladas por mês. A siderúrgica também desligou o alto forno nº 1 da usina de Ipatinga, em 4 de junho, reduzindo sua produção de ferro gusa (material para fazer as chapas de aço) em cerca de 120 mil toneladas ao mês.
Fonte: A Tribuna
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