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Importação de autopeças cresce 55,86% no 1º semestre.

Publicada em 2010-08-23



O Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) divulgou balanço que aponta crescimento de 55,86% no volume de autopeças importadas no primeiro semestre de 2010. Desde 2006, quando registrou saldo positivo US$ 1,98 bilhão, o setor não obtém superávits comerciais.

Nos primeiros seis meses do ano, o setor já registra déficit de US$ 2,15 bilhões. Até o final do ano, a entidade prevê que o déficit comercial chegue a US$ 3,92 bilhões. Pelos cálculos do Sindipeças, as exportações devem somar US$ 9,6 bilhões contra US$ 13,5 bilhões de importações.

Segundo a entidade, em 2008, por exemplo, foram licenciados 2,82 milhões de veículos no País. Em 2009, o número de unidades licenciadas subiu para 3,14 milhões. No entanto, as vendas do setor não tiveram aumento. Pelo contrário, caíram 13,5% em reais. “Isso ocorreu porque perdemos mercado para as autopeças importadas”, informa publicação do Sindipeças.

Foi a partir desses dados, que o governo decidiu retirar o desconto de 40% nas alíquotas de importação de autopeças. O redutor, que vigorou  até dia 31 de julho, agora é de 30% (até 20 de outubro de 2010). Em novembro cai para 20%, assim se mantendo até 30 de abril de 2011, deixando de existir em 1º de maio de 2011.

Por outro lado, começam a crescer as reclamações das montadoras a respeito de falta de peças na linha de produção. Para o Sindipeças, porém, não há desabastecimento na cadeia de suprimentos automotivos. O que está ocorrendo seriam dificuldades pontuais, nada que leve a interrupções na produção.

Outro levantamento do Sindipeças indica que 87% das empresas do setor pretendem investir para atender ao aumento da demanda. O volume de investimentos do setor, em torno de R$ 1 bilhão por ano, saltaria para R$ 3,6 bilhões.


Fonte: Usinagem Brasil