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LEPE ESTÁ OTIMISTA COM ABERTURA COMERCIAL, MAS DEFENDE INCENTIVOS À INDÚSTRIA POR COMPETITIVIDADE
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Fabricante de coletores, alavancas, suportes, polias, tampas, pedais, carcaças e volantes já exporta seus produtos para EUA, China, Tailândia e Argentina
O comércio exterior está na centralidade da política econômica do governo federal. Para isso, o Brasil negocia acordos com uma série de países, que vão dos Estados Unidos ao Japão, passando pelo Canadá e Cingapura e até mesmo o EFTA, bloco que reúne Suíça, Islândia, Noruega e Liechtenstein. O acordo entre Mercosul e União Europeia, firmado no final de junho, pode também agregar outros mercados para os brasileiros. Para a LEPE (www.lepe.com.br), especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos com valor agregado como usinagem, pintura e montagem, a abertura comercial é vista com muito bons olhos. Mas seus executivos pedem cautela e, principalmente, incentivos do governo para ampliar a competitividade da indústria nacional.
Segundo Wilson de Francisco Júnior, diretor comercial da LEPE, o estabelecimento de acordos que não fiquem atrelados apenas ao Mercosul é uma excelente alternativa para a abertura de novas frentes, especialmente com países mais avançados. “É preciso abrir portas em mercados maiores, maduros, exigentes e adeptos ao comércio, do que simplesmente o Mercosul com a Argentina, muito volátil e instável”, avalia. “O Brasil necessita de parceiros à altura, que possam dar benefícios a nós também. Vejo com bons olhos essa abertura para mercados mais atraentes, não podemos ficar simplesmente nas questões ideológicas com nações menos interessantes”, complementa.
A LEPE exporta seus produtos, como coletores, alavancas, suportes, polias, tampas, pedais, carcaças e volantes, para Estados Unidos, China, Tailândia e Argentina. A companhia já apresentou propostas às companhias alemãs, que totalizam 6,5 milhões de euros anuais de faturamento, e que agora dependem de negociações e competitividade. Ela também já vislumbra negócios na Espanha e Inglaterra. Hoje, a indústria nacional absorve 95% das peças produzidos pela fábrica em Guarulhos, que opera com cerca de 50% de sua capacidade total de 1.500 toneladas mensais.
Redução dos tributos e reformas – De acordo com Antônio Carlos Koch, diretor financeiro da LEPE e vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), para que a indústria brasileira ganhe corpo no cenário internacional com o incremento dos acordos é preciso que o governo agilize as reformas da previdência e tributária, amplie investimentos em infraestrutura e atue na desburocratização dos processos, além de banir a corrupção e os desvios com medidas factíveis na prática. “Por outro lado, mas não menos impactante, trata-se do processo de equalização forçada dos mercados posto em prática por grandes grupos ou setores. Trata-se das regras e normas a serem seguidas num determinado mercado nos âmbitos comercial, qualidade, logístico, processos e garantias, entre outros”, afirma. “Dessa forma os fornecedores devem cumprir essas regras e procedimentos que acabam por igualar, onde quer que estejam geograficamente instalados, esquecendo-se das desigualdades regionais que muitas vezes fazem a diferença do ponto de vista de competitividade”, completa.
A observação feita por Koch vai de encontro ao que o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, mencionou durante encontro em empresários em São Paulo, quando disse que “o Brasil não tem medo da abertura comercial, da concorrência, mas há desigualdades. Quem trabalha e produz no Brasil tem custos que outros países não têm e o que se pede é isonomia”. O diretor da LEPE está, porém, otimista. “Acreditamos, no setor de fundição, que haverá uma retomada da produção nos próximos anos. As medidas, apesar caminharem a passos lentos, vão começar a se encorpar e trazer resultados para o ponto de consumo, que impactarão o mercado e a economia como um todo”, explica o executivo.
Pronta para aquecer a economia – A LEPE esperava fechar 2019 com um crescimento da ordem de 20%. Contudo, a previsão foi revisada para 10%. “Tivemos o primeiro semestre de queda, mas o segundo já apontou melhora. Para 2020, pelos números que enxergamos das programações futuras, teremos um crescimento relativo a 2019 de 10%, ou seja, o ano que vem está em média 10% maior do que este ano”, explica Wilson. Mas o crescimento pode ser até um pouco maior, na faixa dos 15%, em razão de negócios que sendo finalizados e que vão agregar novos itens à carteira da companhia. De olho no futuro, a LEPE mantém preparada uma nova e ampla área fabril, de 3,6 mil metros quadrados, em Guarulhos, que receberá a unidade de usinagem que, uma vez em operação, vai aumentar a capacidade interna dos atuais 1,5 milhão para 3,5 milhões de peças usinadas no ano. Também como parte de sua estratégia de expansão, a nova unidade de Fundição, Usinagem, Pintura e Montagem, em Itaquaquecetuba, cujo terreno foi adquirido em 2009, já está sendo planejada, com previsão para iniciar suas atividades em 2027, permitindo alcançar uma capacidade de produção de 42 mil toneladas anualmente.
SOBRE LEPE INDÚSTRIA E COMÉRCIO (www.lepe.com.br) Fundada em 1949, a LEPE Indústria e Comércio, instalada no bairro Porto da Igreja, em Guarulhos, é uma empresa especializada na fabricação de peças de ferro fundido cinzento, nodular e ligados, além de produtos especializados, especialmente para o setor automotivo. Os produtos da LEPE são desenvolvidos com base nos projetos dos clientes, obedecendo às mais rigorosas especificações de materiais e dimensões, amplamente reconhecidas com as certificações ISO TS 16949 (IATF 16949) e ISO 14001.
Fonte: Lepe
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