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Indústria de fundição investe R$ 296 milhões em Minas Gerais
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Os investimentos da indústria de fundição em Minas Gerais somaram R$ 296 milhões em 2024. O valor supera a projeção inicial do Sindicato da Indústria de Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg) de R$ 250 milhões em aportes. A entidade também previa um crescimento anual próximo de 10% no que diz respeito ao volume de produção, alta que também deverá ser maior, chegando a 18,8%.
As informações são do presidente do Sifumg, Afonso Gonzaga, e, de acordo com ele, as empresas visaram com os aportes, sobretudo, modernizar as operações e aumentar a produtividade. O executivo destaca que as companhias investiram, por exemplo, em qualificação, sistemas de fusão, substituição de fornos movidos a carvão coque para fornos de indução e na compra de máquinas de moldar.
Sobre o nível de produção, Gonzaga pondera que 2024 foi um ano atípico. Ele ressalta que o setor automotivo freou o consumo no primeiro semestre e voltou a acelerar somente a partir de julho, época em que os maiores resultados começaram a aparecer.
Durante a desaceleração da indústria automotiva, principal cliente da fundição mineira, com 46% de participação nos negócios, outros setores como o ferroviário, agroindústria e mineração trouxeram fôlego para a atividade, conforme o presidente do Sifumg.
Quanto aos números, o dirigente diz que, entre janeiro e novembro, o setor produziu 620,5 mil toneladas de ferro, aço, alumínio e bronze no Estado. O volume se aproxima do registrado em todo o ano de 2023, quando foram fabricadas cerca de 673,5 mil toneladas. Segundo ele, estima-se que, em dezembro, mais 180 mil toneladas serão produzidas, totalizando mais de 800 mil toneladas em 2024 e concretizando a previsão de alta substancial.
Para 2025, o prognóstico de produção ainda será realizado pelo sindicato, assim como os investimentos a serem realizados pelas empresas do setor.
Gasoduto Centro-Oeste deve aumentar competitividade do setor
A indústria de fundição mineira já tem instalações eficientes, mas terá ainda mais vantagens competitivas nos próximos anos, de acordo com Gonzaga. O progresso será devido à construção de um gasoduto no Centro-Oeste do Estado, região que abriga a maior parte das plantas industriais da área, concentradas em um Arranjo Produtivo Local (APL).
Com a infraestrutura da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), que deve ficar pronta no início de 2026, as empresas de fundição, grandes consumidoras de energia, poderão utilizar gás natural e reduzir custos. O presidente do Sifumg salienta que o Gasoduto Centro-Oeste trará ao setor um upgrade em produtividade e competitividade.
Falta de mão de obra é desafio para a indústria de fundição
O setor de fundição também tem desafios a serem enfrentados e o principal deles é a dificuldade em encontrar profissionais. “Disputamos mão de obra com a construção civil. Por isso, estamos trabalhando fortemente na melhoria do piso salarial do setor para conseguir trazer essas pessoas para trabalhar conosco”, conclui.
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