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Aportes da AVG somam R$ 150 milhões.
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Meta é ser autossuficiente em insumos e aumentar produção, que neste ano chegará a 270 mil toneladas.
A AVG Siderurgia, produtora de ferro-gusa do grupo mineiro AVG, com planta em Sete Lagoas (região Central do Estado), tem um plano de investimentos de aproximadamente R$ 150 milhões. Os recursos serão aplicados na autossuficiência de insumos e na expansão da capacidade, com o objetivo de reduzir os custos e aumentar a competitividade da empresa. Já neste ano, a usina deverá registrar a produção recorde de 270 mil toneladas, conforme o sócio-diretor, José Fernando Coura.
Entre os aportes em andamento está a ampliação da área de silvicultura, que passará dos atuais 18 mil hectares para 30 mil hectares em seis anos. As inversões totalizarão R$ 100 milhões no período. As florestas plantadas da AVG estão localizadas nas regiões Norte e Noroeste de Minas, nos municípios de Águas Vermelhas, Buritizeiro, Montezuma e Várzea da Palma, entre outros.
Além disso, o grupo está realizando inversões de R$ 22 milhões na produção de energia elétrica. Os investimentos são direcionados para a construção de duas usinas termelétricas que utilizarão o gás produzido nos altos-fornos da planta de Sete Lagoas para a geração 4,6 megawatts.
O primeiro equipamento entrou em operação no ano passado. A unidade tem capacidade instalada de 2,2 megawatts, de acordo com informações do empresário. O segundo, que irá gerar 2,4 megawatts, está em fase de construção e as operações estão previstas para serem iniciadas em agosto de 2012. "Com estes projetos, seremos autossuficientes e ainda teremos excedente para ser comercializado", diz Coura.
A empresa também está desenvolvendo um projeto para a injeção de finos de carvão nos dois altos-fornos de Sete Lagoas, o que reduzirá o consumo do insumo por parte da AVG. "Isto irá otimizar os custos", explica. Atualmente, estes rejeitos são vendidos para a indústria cimenteira.
Segundo o sócio-diretor, a siderúrgica trabalha "a pleno vapor" em meio ao cenário adverso enfrentado pelo setor no Estado. Prova disso é que a previsão é de que a produção cresça 8% em 2011 na comparação com o ano passado, quando foram fabricadas 250 mil toneladas de ferro-gusa. Já para os próximos três exercícios, a expectativa é de que 300 mil toneladas saiam dos fornos da AVG a cada ano, graças ao plano de inversões. O faturamento também deverá crescer no mesmo ritmo em 2011 e alcançar, de acordo com Coura, R$ 270 milhões, ante R$ 250 milhões registrados no exercício passado.
Estratégia - Conforme ele, a expansão da AVG - em meio ao cenário negativo verificado pelo parque guseiro de Minas Gerais, que registra até mesmo abafamento de altos-fornos - é resultado de aportes de R$ 20 milhões realizados nos últimos anos, na melhoria do processo produtivo e em sustentabilidade, além de um amplo mix de produtos.
"Há três anos, tomamos a decisão de transformar a AVG Siderurgia na melhor siderúrgica não integrada do país", explica o diretor. Para atingir a meta, a empresa implantou um sistema de gestão ambiental, que visa principalmente maior controle em relação ao carvão vegetal utilizado na produção. "Nós temos o mais completo sistema de compra, transporte e entrada de carvão de Minas Gerais", diz Coura.
Ele explica que o controle é feito por auditoria, contratos e até mesmo georreferenciamento. A empresa também mantém acordos com autoridades estaduais, Ministério Público e Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) para realizar auditorias na AVG. "Isto resulta em sustentabilidade e confiança na origem do carvão vegetal", afirma o sócio-diretor.
Além dos investimentos em silvicultura, a produtora de ferro-gusa mantém o suprimento de carvão vegetal através de contratos com empresas que possuem maciços florestais. Neste caso, o grupo instala e opera os equipamentos para a produção do insumo.
Fonte: Diário do Comércio
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