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Produtores ajustam oferta para sustentar preços em 2012.
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O mercado mundial de commodities metálicas vive um momento de ajuste diante da queda da demanda, principalmente do aço e do alumínio. Nesse cenário, empresas globais já se reorganizam para ajustar a oferta, com o fechamento de unidades com baixa produtividade. Há ainda uma tendência de que haja um movimento forte de consolidações, segundo analistas consultados pelo DCI.
"As siderúrgicas, especialmente na China, vêm procurando consolidar suas empresas em conglomerados maiores para se manter competitivas", afirmou o sócio e líder de mineração e metálicos da PriceWaterhouseCoopers (PwC), Ronaldo Valiño. O analista explica que a siderurgia sempre é impactada em momentos de crise, por se tratar de um setor com altos investimentos e que está no meio da cadeia produtiva, entre as mineradoras e os parques industriais.
Valiño acredita que, em 2012, os reflexos da crise deverão persistir e a saída para os produtores não acumular estoques e regular a oferta deve ser o desligamento dos altos-fornos em locais onde os custos de produção são maiores. "A produção da siderurgia sofre impacto direto de aumento de preços de energia elétrica, coque e minério de ferro", diz.
No ano passado, a ArcelorMittal, maior produtora de aço do mundo, anunciou a desativação temporária de duas unidades na Espanha, decisão que deveria durar até o final de 2011. É possível, porém, que o quadro se estenda para 2012. "A siderurgia está inserida em um mercado global, mas uma decisão como esta, na Espanha, não afeta o Brasil, porque as empresas do setor procuram operar onde os custos são mais baixos", diz Valiño. À época da decisão, a ArcelorMittal afirmou que a companhia estava implementando um plano de otimização de ativos, que incluía o fechamento temporário das operações de altos-fornos de custo elevado.
O mercado do alumínio também tem enfrentado a queda da demanda, principalmente na Europa e EUA, maiores consumidores do metal. "Com o agravamento da crise, o alumínio está entre os metais com margens mais apertadas", diz o economista da LCA Consultores, Marco Laes.
Segundo o consultor, o preço da tonelada do alumínio, que hoje gira em torno dos US$ 2,1 mil, está muito abaixo do que as empresas precisam para manter a competitividade. "Se o quadro persistir, a tendência é que os produtores marginais fechem as portas", diz. Neste mês, a gigante do alumínio Alcoa anunciou corte de 12% de sua produção global. A medida, segundo dirigentes, se deve à retração de preços.
Para o economista da PwC, o Brasil é um grande player do setor de alumínio e, mesmo com os altos preços de energia, outros fatores contribuem para a manutenção do mercado interno. "O País tem custo de frete mais baixo, água em abundância e está em pleno crescimento", afirma.
Mesmo em um quadro de incertezas, Valiño afirma que o mercado global de metais não deve passar por expressivos transtornos neste ano. "Olhando o cenário de médio prazo, não imagino nenhum grande viés de aumento ou decréscimo dos preços das commodities metálicas", diz.
Fonte: DCI
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