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Siderúrgica Barão de Mauá irá aumentar a produção em 900%

Publicada em 2010-04-01



Em meio às perspectivas de retomada das exportações de ferro-gusa, a Siderúrgica Barão de Mauá Ltda, instalada em Sete Lagoas, na região Central do Estado, deverá iniciar a expansão em 900% da produção de seu alto-forno no mês de abril. Os investimentos totalizaram R$ 6,5 milhões entre 2008 e o ano passado. Com os aportes, o alto-forno da siderúrgica passará de uma capacidade de produção anual de 12 mil toneladas para 120 mil toneladas de gusa.

De acordo com o diretor-presidente da Barão de Mauá, Bruno Chaves Violante, os investimentos para a ampliação já estão concluídos e falta somente a finalização do licenciamento ambiental. "O empreendimento já conta com a licença de instalação (LI) e a licença prévia (LP)", disse.

Para iniciar a produção na ampliação do equipamento a empresa ainda precisa receber do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) a licença de operação (LO). Conforme relatório do Copam, a ampliação consiste na alteração do perfil interno do altoforno, que foi revestido com cerâmicas refratárias de menor espessura, o que aumentou o volume.

Segundo o diretor da empresa, a primeira carga deverá ocorrer em abril deste ano. Ele explicou que o produto será destinado tanto ao mercado interno quanto para exportação. Violante afirmou que as expectativas são de que as vendas no mercado internacional sejam retomadas em março. As exportações de ferro-gusa estão em baixa desde a eclosão da crise financeira global, no final de 2008.

Segundo o diretor, não serão necessárias novas contratações em virtude do investimento, uma vez que a mão de obra para a operação do equipamento já está contratada. A Barão de Mauá é responsável por aproximadamente 150 postos de trabalho na região.

Para Violante, o cenário atual é melhor do que o verificado após a eclosão da crise financeira. A Barão de Mauá chegou a paralisar o único equipamento em virtude da queda na demanda e dispensou cerca de 120 trabalhadores. Mas com a melhora, impulsionada pelo mercado interno, os postos de trabalho já foram recuperados.

Polo - O setor de ferro-gusa vem registrando recuperação gradual desde o segundo semestre de 2009. O setor foi um dos mais impactados pelo cenário negativo. Somente em Sete Lagoas, que é o principal polo guseiro do Estado, aproximadamente 4 mil trabalhadores foram dispensados.

As vendas aumentaram a partir do segundo semestre, em virtude da elevação da demanda das siderúrgicas para atender alguns setores, como a indústria automotiva e fabricantes de eletrodomésticos da linha branca (fogão, geladeira, máquina de lavar e tanquinho), beneficiados pela redução e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias do Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer-MG), Paulino Cícero de Vasconcellos, havia informado, o desempenho do parque guseiro em Minas no último mês foi bem superior ao verificado no mesmo período do ano passado. Enquanto janeiro de 2009 a produção ficou entre 18% e 21% da média histórica, atualmente está em 50%.

Com a melhora do cenário, postos de trabalho são recuperados nos principais polos do Estado. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo ficou positivo em 40 postos de trabalho em Divinópolis (Centro-Oeste).

Em Itaúna, também na região Centro-Oeste, o saldo de empregos ficou positivo em 23 vagas. Já em Sete Lagoas, o saldo ficou estável quando comparado com o último mês de 2009.


Fonte: Diário do Comércio



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