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Brasil - Ativistas continuam protesto contra embarque de ferro-gusa no Maranhão.
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O diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, se pendurou no fim da manhã desta quarta-feira (16) na corrente da âncora do navio cargueiro bahamense Clipper Hope, que está na baía de São Marcos, em São Luis (MA), para evitar um carregamento de 31,5 mil toneladas de ferro-gusa destinado aos Estados Unidos.
Adário, que segurava uma faixa com os dizeres “Dilma, desliga essa motosserra”, pedindo o veto da presidente ao Código Florestal aprovado no Senado, participa do revezamento iniciado pelos ativistas na última segunda-feira (14).
Em fevereiro, ele foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “Herói da Floresta”, devido aos 15 anos de trabalho para preservar a Amazônia
Eles pedem providências para evitar que o ferro-gusa, matéria-prima do aço, continue sendo feito no Brasil com carvão vegetal extraído ilegalmente da Amazônia.
No início da semana, relatório divulgado pela organização ambiental liga o desmatamento ilegal na floresta amazônica do Pará e Maranhão à produção de aço voltada para o mercado automobilístico dos Estados Unidos.
De acordo com o estudo “Carvoaria Amazônia”, até 90% do ferro-gusa (principal matéria prima do aço e requer carvão vegetal) produzido na região de Carajás é exportado para siderúrgicas dos EUA, que fornecem, posteriormente, para grandes montadoras. Carajás engloba partes do Pará, Maranhão e Tocantins.
O Greenpeace apontou no documento que ao menos duas guseiras brasileiras, uma instalada no PA e outra no MA, são responsáveis por essa produção, mas as duas movimentariam uma cadeia com ilegalidades como desmate do bioma, carvoarias com trabalho escravo e invasões de terras indígenas. O carregamento destinado aos EUA vem de uma dessas empresas.
Para Adário, a ação feita pela ONG já gerou uma movimentação na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, que deve marcar uma audiência pública em breve para debater a produção de ferro-gusa nos dois estados.
“O governo tem sido incapaz de resolver a ilegalidade na Amazônia, que tem porões escuros que escondem trabalho escravo, invasão de terras indígenas, além de conflitos agrários com características da idade média”, disse o diretor do Greenpeace se referindo às mortes registradas na região devido à disputa de terras entre madeireiros e extrativistas.
Fonte: G1 Globo
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