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Autopeças dão férias para ajustar produção.
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Com o mercado retraído no segmento - o volume comercializado, de janeiro a abril, foi 8% menor em relação ao mesmo período de 2011, e a produção foi 30% inferior -, muitas montadoras adotaram medidas de ajuste, como o PDV (Plano de Demissão Voluntária) aberto na Scania e a suspensão temporária de trabalho de 1.500 funcionários da Mercedes-Benz.
A consequência é que as compras de componentes para abastecer a linha de montagem de veículos deram forte retração, o que também levou a adequações das empresas ligadas a essa cadeia produtiva.
Diversas companhias de autopeças estão dando férias coletivas ou reduzindo a jornada, observa o conselheiro do Sindipeças (Sindicato Nacional das Indústrias de Componentes para Veículos Automotores) Mario Milani, que é presidente da Fiamm Latin America, com sede em São Bernardo.
O executivo afirma que já se esperava diminuição na procura por caminhões, por causa da mudança da tecnologia de motorização, exigida pela entrada em vigor da nova norma Euro 5 (para menor emissão de poluentes) em janeiro deste ano. Com isso, os veículos tiveram encarecimento de até 15% e muitos clientes (por exemplo, transportadoras) anteciparam a renovação de frotas.
No entanto, a queda parece ter superado as expectativas, levando as empresas a fazerem ajustes. A própria Fiamm, que produz buzinas automotivas, vai colocar 150 funcionários em férias coletivas do dia 6 até o dia 18. Milani acrescenta que, por ora, não se detecta queda nos indicadores de empregos do Sindipeças. No entanto, se as grandes e médias fabricantes têm fôlego para dar férias, na expectativa de que haja melhora no quadro, em pequenas e microempresas do ramo já ocorrem demissões.
É o caso da autopeça MRS, de Mauá, que faz componentes para freios, suspensão e câmbio de veículos de carga. A indústria teve de cortar 30 postos de trabalho neste ano. Atualmente, conta com 160 funcionários. O diretor, Celso Cestari, avalia que, com o cenário atual, será obrigado a demitir mais. 'Está piorando. Comparando com a programação (de encomendas) de maio, junho está menor. Não dá para ficar 40% a 50% abaixo (em relação à produção de 2011) sem demitir.'
Fonte: Diário do Grande ABC
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