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Siderúrgicas querem investigação no mercado de minério de ferro
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O setor siderúrgico acredita que a imposição de contratos para a comercialização do minério de ferro terá um impacto negativo sobre a recuperação econômica global, e que as autoridades do mundo todo deveriam examinar esse mercado, disse uma entidade setorial na quinta-feira.
"Há agora uma urgente necessidade de que as autoridades (de proteção) da competição no mundo inteiro examinem o mercado do minério de ferro, e o comportamento no mercado das três companhias que dominam o negócio", disse Ian Christmas, diretor-geral da Associação Mundial do Aço, referindo-se às mineradoras Vale e às anglo-australianas Rio Tinto e BHP Billiton.
A Eurofer e a Acea (entidades europeias que reúnem siderúrgicas e indústrias automobilísticas, respectivamente) haviam pressionado na quarta-feira as agências reguladoras da União Europeia a evitarem a concorrência desleal e a cobrança de preços abusivos no minério de ferro.
A Associação Mundial do Aço representa aproximadamente 180 siderúrgicas do mundo, responsáveis por 85 por cento da produção mundial.
As três grandes mineradoras praticamente ditam os preços do minério de ferro, um mercado de 80 bilhões de dólares anuais, e agora elas querem abandonar o sistema de negociações anuais de preços, em vigor há décadas, pelo trimestral.
As siderúrgicas argumentam que o contrato anual dá estabilidade ao mercado. As mineradoras se queixam dos prejuízos que sofrem quando o preço no mercado à vista dispara em relação ao valor pré-fixado, como ocorreu no ano passado.
Segundo a Associação Mundial do Aço, o trio controla 68,5 por cento do mercado total do minério de ferro embarcado por via marítima.
A BHP e a Vale já fecharam acordos provisórios -e não oficialmente confirmados- com siderúrgicas japonesas para vender o minério, matéria-prima essencial do aço, sob contratos trimestrais.
Já as siderúrgicas europeias resistem, alegando que vão manter o sistema anual de preços com os seus próprios clientes.
Christmas disse que o sistema de contratos anuais "pode ter imperfeições, mas tem o mérito de sustentar relações de longo prazo entre o setor siderúrgico e os fornecedores de matérias primas, levando a benéficas decisões de investimentos em médio prazo."
Segundo ele, a passagem para o mercado à vista "será volátil e não beneficiará nenhuma das partes em médio a longo prazo."
Fonte: Reuters
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