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Abimaq: “Produção genuinamente Brasileira está em queda desde março do ano passado”
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O setor de fabricantes de máquinas e equipamentos representado pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) cobrou do governo que efetive a defesa comercial para bens de capital brasileiros aumentando o imposto sobre produtos importados e corrigindo a taxa de câmbio.
A reivindicação ocorreu na quarta-feira (29), quando os empresários do setor se reuniram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, argumentando que o aumento do imposto de importação barraria em grande parte a enxurrada de produtos importados. A Abimaq apontou que o país tem demanda para bens de capital nacionais, mas que os produtos brasileiros vêm sendo substituídos pelos fabricados em outros países.
“Nós temos necessidade de soluções emergenciais de curtíssimo prazo. Nós somos obrigados a pedir coisas menos agradáveis, mas absolutamente necessárias para nós agora. Como uma correção adicional do câmbio, o aumento do imposto de importação, como foi feito com automóveis”, defendeu o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza.
Hoje, a taxa máxima de importações para máquinas e equipamentos é de 14%. Mas segundo a Abimaq, a tarifa média do imposto sobre produtos do setor é de 6%.
'Desindustrialização silenciosa'
Segundo, “há uma desindustrialização silenciosa. O faturamento ainda se mantém por causa da revenda de importados. Mas a produção genuinamente nacional está em queda desde março do ano passado. Apesar do consumo crescente, ou seja, de haver demanda, ela é cada vez mais suprida pelo equipamento importado. O que é ruim para o Brasil, é como se voltássemos aos tempos de Brasil-colônia: exportador de produtos primários e importador de manufaturados”, comparou Pastoriza.
A entidade também defende a criação de uma equipe de defesa comercial forte e estruturada. “Nós entendemos que essas importações, que são predatórias, que vêm subfaturadas, que vêm com falsidade ideológica na documentação, poderiam ser controladas. Alguns produtos chineses custam um terço do preço nosso”, destacou Pastoriza. “O que resolveria seria o Departamento de Defesa Comercial parrudo, profissional, bem equipado, como tem os países que concorrem conosco, inclusive os Estados Unidos”, afirmou.
A balança comercial do setor fechou os primeiros sete meses com déficit de US$ 10,5 bilhões, 2,5% superior ao observado no mesmo período do ano passado. De acordo com a Abimaq, o setor demitiu mais de 10 mil funcionários entre outubro de 2011 e a metade deste ano. Além disso, a utilização da capacidade instalada do segmento está hoje em 73% - a menor dos últimos 40 anos.
“Nós estamos vivendo em um momento de emergência, há décadas tem-se postergado reformas importantíssimas que não estão ocorrendo e, neste momento, chegamos a uma confluência de ineficiências brasileiras gigantes, com abertura econômica gigante, com penetração agressiva dos concorrentes estrangeiros”, completou o diretor da entidade.
Fonte: Hora do Povo
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