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Brasil servirá como plataforma mundial de automóveis.
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Que o brasileiro é apaixonado por automóvel, sabemos há muito. No entanto, ainda surpreende como não fabricamos aqui um veículo genuinamente nacional. Projeto e componentes brasileiros. Mas, enquanto esse sonho não se torna realidade, como aconteceu com o Japão, a Coreia e a China, vamos nos ufanando com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciando o novo regime automotivo que tem como objetivo dar um impulso à indústria. Guido Mantega disse que o regime estimula os investimentos do setor, que é um dos que mais investem. Precisamos de automóveis mais eficientes, modernos e a preços cada vez menores. Hoje, o País tem o quarto maior mercado automobilístico do mundo, atrás de China, Japão e EUA. Mas o governo quer que haja um aumento da produção de modo que este mercado seja ocupado cada vez mais pela produção no Brasil. A planta automotiva representa uma fatia importante do PIB industrial e tem investimentos previstos para os próximos três anos de US$ 22 bilhões.
O fato é que, na crise de 2008, enquanto a indústria automobilística - algumas fábricas quase fecharam - teve que ser socorrida por seus países, aqui ela se expandiu. É importante que o setor implante no Brasil mais departamentos de engenharia, com inovação tecnológica. Com isso, o tão sonhado automóvel totalmente brasileiro pode se tornar uma realidade. Poderão solicitar habilitação ao novo regime, que entra em vigor em 2013, as empresas instaladas no Brasil, aquelas que têm projetos de instalação e as empresas que apenas comercializam veículos, mas não produzem aqui. Entusiasmado, o presidente da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, anunciou que, após a divulgação do novo acordo automotivo, a empresa decidiu retomar os investimentos de R$ 900 milhões, a serem feitos em dois anos, para a construção de uma fábrica. A intenção da produção local estava suspensa até que o governo federal explicitasse os novos parâmetros para o setor. “O novo regime resolve o problema de quem quer investir no Brasil. No caso da JAC Motors, resolve totalmente nosso problema”, disse. A fábrica sairá em Camaçari, na Bahia, com capacidade de 100 mil unidades por ano. A expectativa é de que o complexo industrial fique pronto até o final de 2014, gerando 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Lá também está a Ford.
O vice-presidente da Ford Brasil, Rogélio Golfarb, disse que o novo regime automotivo (Inovar-Auto) cria grandes desafios para todo o setor, mas as novas regras estão no caminho certo para levar a indústria a ganhar competitividade no cenário mundial. Finalmente, e muito importante, a indústria automotiva terá de reduzir o percentual de consumo médio de combustível por quilômetro rodado dos carros. A meta é chegar em 2016 com consumo de 17,26 km por litro nos carros com gasolina e de 11,96 km por litro nos que usam etanol. Hoje, essas relações são de 14 km/l e 9,71 km/l, respectivamente. Na Europa, essa mesma eficiência será exigida a partir de 2015. O carro fabricado nessa meta vai significar economia de R$ 1.150,00 ao ano para os donos de veículos a gasolina, o que corresponde a 75% ou três quartos do IPVA pago, em média, no País. São boas medidas, então.
Fonte: Jornal do Comércio
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