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Indústrias de autopeças não produzem o suficiente no Brasil

Publicada em 2013-01-17



Um problema para o consumidor. Quem tem carro sabe: está cada vez mais difícil achar peças de reposição.

Uma batida leve e uma dor de cabeça por tempo indeterminado. “Eu gostaria muito de reparar a minha lanterna, mas o prazo de entrega dela eram três meses. Passou um ano e eu acabei não trocando”, afirma Mariana Ribeiro, estudante.

Ninguém gosta de ficar muito tempo sem poder dirigir o próprio carro, mas às vezes um defeito em uma única pecinha pode manter o veículo parado por dias ou até meses em uma oficina, tempo necessário para localizar a peça no mercado brasileiro ou até na fábrica no país de origem.

Em uma oficina de Fortaleza, carros importados chegam a passar dois meses a espera de uma peça. No Recife, peças de funilaria e acabamento, como retrovisores e para-lamas, podem demorar até um ano para chegar. O problema também atinge a parte mecânica. Para o cliente não ficar com carro parado, um comerciante passou a fabricar algumas peças.

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, 5,5 milhões de veículos foram emplacados só no ano passado. Para o presidente da Fenabrav no Ceará, as indústrias de autopeças precisam produzir o suficiente para suprir a fabricação de carros e ainda fazer estoque para reposição.

“Sem dúvida nenhuma o crescimento da indústria de autopeças não está compatível ainda com o crescimento da indústria de automóveis, as montadoras”, afirma Fernando Pontes.


Fonte: Jornal de Floripa