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Brasil - Caminhões semileves têm baixa em 2012, mas segmento deve se recuperar em 2013.
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O ano de 2012 foi duro para o setor de caminhões. Mas foi mais duro para uns que para outros. Ainda mais no primeiro semestre, quando o impacto do Proconve P7 – similar ao Euro 5 – ainda era mais vigoroso. Somente no último trimestre o mercado deu sinais de recuperação – mas já era tarde para salvar o ano. A queda foi de 19,87%, segundo a Fenabrave. Mas na análise isolada das diferentes categorias, os semileves foram os “campeões” às avessas e caíram 57,9% – quase três vezes a retração média do mercado.
A explicação é a seguinte: como o foco dos semileves é o mercado varejista, a falta de crescimento da indústria tem reflexos imediatos no comércio. Para o presidente executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção, este fator explica o desempenho do segmento em 2012. “O problema maior foi a falta de crescimento da economia, já que o mercado de distribuição do varejo passou a enfrentar um panorama desfavorável”, afirma Alarico. Mas o presidente da Fenabrave aponta outro fator foi crucial para esse desempenho horroroso dos semileves: “As restrições para a circulação desses veículos nas metrópoles aumentou no ano que passou, dificultando ainda mais as operações”, analisa.
O modelo semileve mais vendido em 2012 foi a Ford F-350, que, segundo a própria fabricante, deixou de ser produzida ainda no primeiro semestre. A F-350 sustentou a liderança com as 1.151 vendas na primeira metade do ano. No segundo semestre foram vendidas apenas 146 unidades residuais.
A marca de maior destaque, no entanto, foi a Iveco. A fabricante fechou o ano com cinco modelos entre os dez mais vendidos, todos da linha Daily. A Iveco aproveitou a obrigatoriedade da adequação ao Proconve P7 para renovar toda a gama. Com motor mais moderno e interior renovado, a marca emplacou praticamente todas as configurações disponíveis. A 70C17, mais bem posicionada, vendeu 859 no acumulado de 2012. Somando aos demais modelos – 55C17, 5516, 4514 e 45S17 –, o Daily registrou 2.480 licenciamentos.
Na quinta posição, o Volkswagen Delivery 5.140 emplacou 544 unidades. A linha de semileves da fabricante alemã, produzida na unidade da MAN Latin América no Sul Fluminense, apresenta distância entre-eixos reduzida, de 3,17 m, o que permite que o modelo seja enquadrado como VUC – veículo urbano de carga. O caminhão é equipado com um motor Cummins ISF de 3.8 litros e no ano passado, junto com a adequação aos novos padrões de emissões de poluentes, também teve o interior renovado.
A Mercedes-Benz também conseguiu emplacar mais de um modelo entre os dez principais do setor. A Sprinter, cuja gama renovada foi apresentada pela fabricante alemã no ano passado, é parte estratégica de uma pretensão nada modesta. Os alemães querem subir a participação no mercado para 20% até 2014. A aposta da marca foi na tecnologia. Com airbag para o motorista, freios ABS com EBD e controle de estabilidade ESP em todas as versões, o modelo ganhou mais competitividade. O aumento da capacidade de carga – as variantes mais vendidas suportam 3 e 4 toneladas – também contribuiu para que as vendas resistissem ao mau momento do setor, cifrando em 516 unidades – sendo 275 emplacamentos para a Sprinter 415 e 271 licenciamentos para a 313, que ocuparam, respectivamente, a sétima e a oitava posições do ranking. O motor diesel OM 651 biturbo de 2.1 litros anima o comercial, que, de acordo com a configuração, entrega 114 e 146 cv, sempre a 3.800 rpm.
Apesar do resultado ruim de 2012, considerado atípico pelo setor, o prognóstico para 2013 é de crescimento para os semileves. “É claro que podem ocorrer sazonalidades, mas com os investimentos em infraestrutura para os grandes eventos que começam a acontecer no Brasil neste ano, o mercado varejista também vai se movimentar, refletindo diretamente nas vendas dos semileves”, projeta Alarico Assumpção. A Fenabrave estima que o setor tenha alta entre 13% e 16%, com base nas projeções de crescimento econômico do país. (MotorDream/Auto Press/Michael Figueredo)
Fonte: Motor Dream
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