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Perspecticas do mercado de carvão vegetal para siderurgia.

Publicada em 2013-03-25



No último dia da conferência Timberland Investing Latin America Summit, a participação do Grupo Vetorial foi destaque com a palestra sobre as perspectivas do mercado de carvão vegetal para siderurgia. O diretor de Novos Negócios e Estratégia, Renato Vilela, ao lado do diretor da Vetorial Energética, Antonio Claret, contextualizou a atuação da Vetorial em Mato Grosso do Sul onde estão concentrados os investimentos industriais e florestais da empresa. “Temos aproximadamente 10 mil hectares de florestas próprias e mais 30 mil hectares em contratos com parceiros. Vamos alcançar a sustentabilidade plena em 2018”, explicou Vilela. A Vetorial planeja construir, ao todo, 10 unidades de produção de carvão vegetal (UPCs) de grande porte, com operação mecanizada, controle de processo, uso dos gases para secagem de madeira (queimador e secador), superando as exigências ambientais e trabalhistas. A principal unidade já está em operação (Nova da Mata) produzindo 20 mil MDC de carvão vegetal de eucalipto por mês. Outras duas unidades próprias produzem mais 15 mil MDC por mês. Agregando valor A produção de ferro gusa é uma maneira de agregar valor ao minério de ferro disponível no Brasil, especialmente se for à base de carvão vegetal de reflorestamento. O concorrente do carvão vegetal no processo siderúrgico é o coque (ou carvão mineral), 100% importado pelo país. Segundo Renato Vilela, esse é um diferencial competitivo da indústria brasileira que domina a tecnologia de fabricação de ferro gusa com a matéria prima vegetal. “Os benefícios são muito maiores. São vantagens econômicas, ambientais e sociais que precisam ser consideradas e analisadas, inclusive pelo Governo”, alertou Vilela que defende a regulação do setor que enfrenta variações de consumo em ciclos de curto prazo. Os desafios Renato finalizou sua apresentação fazendo um alerta sobre três paradigmas que hoje configuram grandes desafios para a consolidação da indústria siderúrgica brasileira. O primeiro é de que o setor não precisa de financiamento. O segundo é de que todos os produtores são iguais. “O mercado não distingue e não valoriza o ferro gusa produzido de forma sustentável, com práticas adequadas”, ressaltou. Por fim, é o estigma de que carvão vegetal é ilegal. “Isso é uma das grandes falácias propagadas no senso comum. Carvão vegetal, inclusive de mata nativa, não é necessariamente criminoso”, explicou Vilela.

Fonte: Painel Florestal News