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Setor automotivo Brasileiro passará por grandes mudanças nos próximos dois meses.
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Os próximos 60 dias serão de grandes transformações na indústria automobilística brasileira. Pelo menos é o que prevê o presidente da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan. A primeira delas deve ocorrer em 20 dias, quando a entidade fará uma revisão das previsões oficiais para este ano. “Reveremos para cima (a expectativa de crescimento para 2013)”, declarou Moan, que visitou a redação do Diário na manhã de sexta-feira.
“A Anfavea não está na onda de mau-humor corrente”, enfatizou o dirigente. O otimismo tem suas razões: o primeiro semestre apresentou dados recordes para o setor automotivo brasileiro, com 1,86 milhão de unidades produzidas. Até mesmo as exportações, que vinham patinando a ponto de gerar a previsão de fechar o ano com queda de 4%, se recuperaram e apresentaram expansão de 18% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para o segundo semestre, a expectativa é manter resultados semelhantes aos do início do ano. “O segundo semestre de 2012 foi bastante aquecido (por conta do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados – reduzido). Neste ano, será um pouco menor, mas muito semelhante ao primeiro semestre”, disse o executivo.
Inovar-Auto
De acordo com Luiz Moan, em até 60 dias todas as portarias que regulamentam o Inovar-Auto estarão editadas. O programa automotivo do governo federal tem o objetivo de estimular o investimento na indústria automobilística nacional. Estima-se que até 2015 a iniciativa levantará cerca de R$ 50 bilhões em investimentos no setor. O presidente da Anfavea estima que US$ 10 bilhões já foram aportados. As medidas introduzidas pelo Inovar-Auto fazem parte da política industrial, tecnológica e de comércio exterior chamado “Plano Brasil Maior”, e concede benefícios em relação ao IPI para as empresas que estimularem e investirem na inovação e em pesquisa e desenvolvimento dentro do Brasil.
O programa prevê um desconto de até 30 pontos percentuais no IPI para automóveis produzidos e vendidos no País. Para ter direito ao incentivo, no entanto, os interessados devem cumprir uma série de contrapartidas.
Exportar-Auto
Além disso, a entidade garante que entre 45 e 60 dias estará com o Programa Exportar-Auto pronto para apresentar ao governo federal. A intenção, neste caso, é incentivar as exportações brasileiras, com o objetivo de atingir cerca de 1 milhão de unidades vendidas ao Exterior em 2017.
Meta ambiciosa, já que no primeiro semestre deste ano foram 266 mil carros vendidos para o Exterior. “O dólar mais valorizado e o crescimento de mercados tradicionais, como a Argentina, contribuíram para o aumento de 18% nas exportações brasileiras no primeiro semestre”, diz Moan.
Financiamentos
O presidente da Anfavea revelou ainda que a entidade está trabalhando com o governo federal, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e com a Associação Brasileira das Empresas de Leasing para criar normativas para incentivar o uso do leasing nos financiamentos de automóveis. A modalidade já representou 40% dos contratos e hoje corresponde a menos de 1% do total.
Um dos principais problemas deste tipo de financiamento é que as cobranças relacionadas ao veículo, como impostos ou multas, passaram a recair sobre o banco, o que desestimulou as instituições financeiras a oferecerem esse produto.
“Queremos que a cobrança seja feita para o CNPJ ou CPF do usuário”, explicou Moan. “Estamos elaborando uma proposta. Acredito que 60 dias seja um prazo razoável para renovar o leasing”, disse.
Fonte: Diário do Grande ABC
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