Notícias

Queda na produção de máquinas evidencia paralisação do setor industrial Brasileiro.

Publicada em 2014-06-19



A crise da produção industrial brasileira se aprofundou no primeiro trimestre deste ano. Um dos principais sinais desta crise é a paralisação e a queda na indústria de máquinas, da qual toda indústria é dependente. O consumo aparente de máquinas caiu 8,2%, ele contabiliza a todo o consumo interno, desde a produção nacional e as importações.

Em relação ao ano passado, o setor de produção de máquinas e equipamentos caiu em 20% no primeiro trimestre e a importação caiu em 5%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Esta indústria serve de parâmetro para medir a produção industrial geral do país e já vem apresentando a tendência de queda há mais tempo. Em 2012, a indústria de máquinas fechou com a queda de 2,7% e em 2013 o prejuízo foi ainda maior, atingindo 5,7%.

Na projeção anual, o setor prevê uma queda entre 10 e 15% em 2014. Além disso, a utilização do parque industrial é calculada em 75% neste ano, valor inferior a 2009, de 80%, período considerado pelos economistas burgueses ponto mais alto da crise aberta em 2007.

Por outro lado, a Abimaq registrou aumento da exportação para os Estados Unidos e a Europa, o que deu um fôlego para o setor. Os EUA aumentaram em 76% a importação de máquinas, passando de US$ 1 bilhão e, para a Europa, o crescimento foi de 36%. A Argentina, maior importadora do Brasil na América Latina, por sua vez, reduziu o consumo em 13,4%, como consequência da crise econômica que passa.

A crise neste setor chave da indústria nacional evidencia a paralisação da produção em geral no Brasil. Com o aprofundamento da crise econômica, cada vez mais a economia se torna dependente da especulação financeira, se distanciando da produção real. Além disso, a projeção do crescimento do PIB, em 1%, e da inflação estão saindo do controle do governo. Mesmo com toda manipulação para mascarar a inflação e inflar o PIB, os resultados tendem a ser bem piores do esperado pelo governo, mesmo antes das eleições.


Fonte: Abimaq



Notícias Relacionadas