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China quer Brasil como ponte na América Latina
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A visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil tem objetivos ainda maiores do que ampliar a relação bilateral. Apesar de já ter grandes investimentos na América Latina, o governo chinês deixou claro que está de olho na relação com o restante da região.
O relacionamento com o País, considerado modelo pelos chineses, seria uma plataforma de lançamento para novos projetos com os vizinhos latino-americanos.
Xi pediu - e o governo brasileiro organizou - um encontro com o chamado quarteto da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), composto pelo país que ocupa a presidência, Costa Rica, o anterior, Cuba, o próximo, Equador, e um representante das ilhas do Caribe, além do México. Diplomatas ouvidos pelo Estado revelam que os chineses querem usar a relação com o Brasil como um modelo para a região.
Até hoje, a relação da China com a América Latina tem sido a de concentrar investimentos em áreas de matéria-prima, especialmente minério, mas sem associações com empresários locais e relações políticas mais profundas. A exceção tem sido o Brasil, com quem a coordenação tem sido maior, incluindo os projetos de cooperação, e onde o país tem aumentado os investimentos em parcerias.
'As relações com o Brasil evoluíram. Primeiro, concentravam-se em uma garantia de suprimento, matérias-primas, desenvolvimento de infraestrutura. Agora, o caminho natural é o de formação de parcerias. Vamos ter um novo momento para essa relação', analisa o embaixador Sérgio Amaral, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). A intenção chinesa, afirma Amaral, pode trazer vários benefícios para o Brasil, até a manutenção de mercados tradicionais do País na região, que poderiam ser perdidos se os chineses decidissem atuar por conta própria.
Acordos. A visita do presidente chinês é vista pelo governo brasileiro como uma das mais importantes para o País desde o início do mandato de Dilma Rousseff. Na pauta, cerca de 50 acordos que vão desde nanotecnologia até ferrovias. Durante a visita deve ser anunciada a encomenda de cerca de 40 aviões de passageiros para a Embraer, em uma solução para a crise na relação entre a empresa e o governo chinês, estremecida desde que o governo chinês não permitiu que fosse produzido no país o Embraer 190 por estar desenvolvendo um avião semelhante.
Fonte: O Estado de São Paulo
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