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Crédito para exportadores Brasileiros é antecipado
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A menos de uma semana do primeiro turno das eleições, o governo fez um novo "agrado" aos empresários: antecipou de janeiro para outubro a entrada em vigor da alíquota de 3% do Reintegra, programa que devolve aos exportadores uma fatia das receitas com vendas externas. Atualmente, essa alíquota é de 0,3%.
"Ampliamos para 3% para que já comece em outubro", disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao explicar que o crédito era de 0,3% desde janeiro. Segundo ele, temas relativos ao Reintegra e crédito às empresas de 3% sobre o faturamento exportado foram discutidos com os empresários da indústria.
De acordo com Mantega, os fundos do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) foram elevados em R$ 200 milhões. "Isso dá a possibilidade de exportações de mais US$ 3 bilhões nessa categoria", observou. Esse programa já contava com R$ 170 milhões.
O ministro também afirmou que a Receita Federal vai atuar mais rápido na área de comércio exterior. O prazo para a liberação de exportações baixou de 13 para oito dias e para importações, de 17 para dez dias.
Renúncia fiscal - De acordo com Mantega, será de R$ 6 bilhões num horizonte de 12 meses a renúncia fiscal relativa ao aumento do crédito do Reintegra antecipada para outubro. Para 2015, também foi fixada em 3%. Mas, segundo o ministro, essa renúncia será compensada em 2015 com o aumento do comércio internacional, já que há uma perspectiva mais positiva com a recuperação da economia global.
Após o anúncio da decisão, o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e presidente em exercício da Fiesp, Benjamin Steinbruch, amenizou o tom de suas críticas recentes em relação ao governo e disse que as conversas com o governo têm evoluído de forma positiva. "A indústria precisa de apoio, e o governo tem nos dado", admitiu.
As medidas para incentivar as exportações, segundo o empresário, poderão ajudar a indústria a ganhar agilidade e conquistar mais espaço no cenário externo. "Buscamos uma solução para amenizar o problema da indústria no Brasil, em termos de ganharmos mais competitividade", disse Steinbruch.
Segundo ele, a indústria brasileira tem sofrido diante do fraco desempenho da economia, que diminuiu a demanda no mercado interno. O empresário disse que a indústria tem tentado se apoiar nas exportações para conseguir diminuir os estoques que têm se acumulado ao longo dos últimos meses.
"Estamos tendo um problema maior com o desaquecimento da economia, e o governo está fazendo o possível para fazer o mercado interno voltar à normalidade, para assim a indústria poder voltar a andar a plena capacidade", disse.
O presidente da CSN disse que a indústria pediu que o governo tente viabilizar um Reintegra superior a 3%. "Estamos vivendo algo pontual, com o acúmulo dos estoques, e por isso nosso esforço de buscar na exportação até o retorno do mercado interno", afirmou, dizendo que um mercado doméstico mais fortalecido "certamente" virá no próximo ano e quem sabe" ainda neste ano.
Steinbruch disse que as medidas são ainda mais importantes neste momento em que o real está valorizado em relação ao dólar, fato que tem prejudicado a competitividade das companhias ao colocar produtos no exterior.
Fonte: Indústria Hoje
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