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Para competir Abifa quer reduzir custos trabalhistas e fiscais.
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Durante a apresentação de seus resultados do primeiro bimestre a Abifa, Associação Brasileira de Fundição, demonstrou preocupação com a queda de competitividade do setor nos últimos quatro anos. A entidade negocia com o governo medidas que garantam redução dos custos trabalhistas e fiscais e a criação de barreiras que protejam o setor da importação de peças e componentes produzidos em países como China e Índia.
Para o presidente Devanir Brichesi em muitos casos é mais barato importar do que produzir, como aconteceu com um fabricante de panelas de ferro de Minas Gerais: deixou de produzi-las e passou a importá-las da Ásia.
“O setor de fundição não quer favorecimento: quer igualdade de condições com outros segmentos priorizados pelo governo. Queremos demonstrar que somos uma indústria essencial para a economia, mas a verdade é que estamos vulneráveis.”
Segundo a entidade a concorrência não se concentra mais na Ásia e no Leste europeu: o País já está menos competitivo do que alguns países da Europa Central. Os motivos são os maiores custos da mão de obra e da energia elétrica, a segunda mais cara do mundo, e a falta de políticas sérias de compensações para as importações e exportações.
Outra necessidade apontada por Brichesi é a mudança da política de preços das matérias-primas e a adoção de medidas assemelhadas às da China, onde os valores cobrados no mercado interno são menores do que aqueles estipulados pelo mercado internacional.
Para este ano as metas do setor são aumentar o nível de produção para recuperar o patamar de 2008, quando foram produzidas 3 milhões de toneladas, e manter a sétima posição dentre os maiores produtores mundial, aproximando-se do Japão, sexto colocado. Elevar as exportações, retomar o número de 60 mil funcionários, aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para 2,5% do faturamento anual do setor e recuperar a produtividade anual para 58,4 toneladas/homem são outros desafios da Abifa.
A entidade projeta que o setor chegará a dezembro com perto de 3 milhões de toneladas produzidas, volume 25% superior ao do ano passado, e que atingirá alta de 50% no seu faturamento, passando de US$ 6 bilhões para US$ 9 bilhões.
Mercado Externo- Na opinião de Brichesi para ser atrativo o setor de fundição tem que buscar oportunidades no mercado internacional. Sem pormenorizar porcentuais de crescimento ele acredita que os negócios com Estados Unidos, Europa, Mercosul e México, os principais mercados, devem crescer este ano.
Futuro – Atrelado aos projetos de infraestrutura para a Copa, a Olimpíada e o Pré-Sal a entidade acredita em crescimento para os próximos anos. Justamente por isto vislumbra que, no médio prazo, empresas asiáticas devam entrar no mercado nacional de fundição por meio de aquisições, fusões ou parcerias.
Fonte: AutoData
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