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Brasil já importa sucata para fabricar aço.
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Em sintonia com a recuperação da atividade industrial, a demanda por sucata, utilizada como insumo por parte da indústria, retornou aos patamares pré-crise. O preço pago por tonelada, no entanto, está ameaçado por causa da recente evolução nas importações do produto, de acordo com o Sindicato Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não-Ferrosa de São Paulo (Sindinesfa).
Depois de recuperar os patamares pré-crise, nos primeiros cinco meses do ano, quando chegou a R$ 400 por tonelada, os preços da sucata mista retrocederam para R$ 300 no início de julho. “O motivo da queda é a importação de aço longo da Turquia, que pressionou as siderúrgicas nacionais”, diz Valentim Aparício, presidente do Sindinesfa.
Os principais compradores são as indústrias de aços longos, que produzem barras, cabos, vergalhões, arames e barras, usados principalmente nas indústrias da construção civil e automobilística.
De acordo com Aparício, a perspectiva do setor é que os preços caiam ainda mais no decorrer do mês. “As siderúrgicas já anunciaram uma nova queda nos preços a partir do dia 15”, diz. Além disso, Aparício diz que grandes siderúrgicas, como Gerdau e Arcelor Mittal, passaram a importar sucata dos Estados Unidos. “Há muito excesso de sucata nos EUA. Em agosto está previsto o desembarque de um navio de 60 mil toneladas de sucata do produto”, diz.
Segundo Aparício, o setor já congelou investimentos e teme que novas quedas de preço, principalmente no caso do aço importado, tenham efeito nos pedidos feitos pela indústria. “O maior problema para o sucateiro é se as siderúrgicas pararem de comprar produto, aí o negócio se inviabiliza.”
Estoques em baixa
Nos grandes barracões que vendem o insumo, os estoques por enquanto continuam em baixa. “Para todo material que recebo já tenho um comprador interessado”, diz Diego Navarro, da Navarro Comércio de Ferro e Metais, de São Paulo. Em maio, a empresa movimentou 1,2 mil toneladas de sucata, volume igual ao de antes da crise. No mesmo período do ano passado, o volume negociado foi de apenas 200 toneladas.
A produção de sucata industrial adquirida pela empresa, também aumentou, seguindo o melhor desempenho da indústria. “Principalmente no setor automobilístico houve um aumento de giro, com mais compras. Os terceirizados da indústria automotiva, que não meus fornecedores, tiveram giro alto e dobraram a produção de sucata este ano, voltando ao que era antes da crise”,
diz.
Segundo o Sindinesfa, os estoques do setor seguiram o mesmo desempenho. Passando da estagnação, que durou boa parte do ano passado, para o giro imediato dos estoques. “No fim do ano passado só conseguíamos vender 50% do que comprávamos. A partir de fevereiro desse ano, passamos a vender tudo que comprávamos”, diz Aparício.
Fonte: Brasil Econômico
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