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Metalúrgicos de Açailândia divulgam manifesto contra práticas da Vale.
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O SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE AÇAILÂNDIA - STIMA, representante legal dos trabalhadores metalúrgicos Açailandenses, protesta e se manifesta junto aos trabalhadores contra os aumentos abusivos no preço vendido da tonelada de minério de ferro extraído de Carajás no Estado do Pará, é fornecido as Indústrias Maranhenses pela Multinacional VALE, colocando assim vários postos de trabalho em risco real de sua extinção total, além de promover perda de divisa para o Estado. Também trará junto, vários outros tipos de perda entre eles o socioeconômico para o Município.
As Siderúrgicas Maranhenses enfrentam diversas dificuldades financeiras desde 2008, com os efeitos negativos da crise econômica Mundial.
1 - Contratos internacionais foram suspensos ou cancelados;
2 - O Pólo Siderúrgico tem quinze auto-fornos, hoje apenas 50% estão ativos, com apenas 70% de sua capacidade produtiva;
3 - Houve diminuição no quadro de trabalhadores, que foi drasticamente reduzido;
4 - Tínhamos no pólo siderúrgico do Pequiá cerca de seis mil trabalhadores direto, hoje não chegam a mil e quinhentos trabalhadores.
O Setor industrial do Maranhão, chegou a produzir mais de 2 milhões de toneladas de Ferro Gusa por ano é gerar mais de 30 mil empregos diretos é indiretos, além de impostos e divisas para o Estado.
O setor siderúrgico de Ferro Gusa vinha se recuperando nos últimos meses, agora os trabalhadores do setor assim como o Município e Estado, podem perder renda, com a paralisação total do setor guseiro, por causa da COMPANHIA VALE, a Multinacional exporta mais de 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano pelo porto de Ponta da Madeira em São Luiz, apenas 2% da produção da VALE eram consumidas pelas Indústrias Maranhenses. Mas, com esse 2% o pólo siderúrgico de Açailândia transformou o Município com a melhor renda per capita e maior arrecadação de ICMS, além do segundo melhor PIB do Maranhão.
A COMPANHIA VALE nos anos 80 estimulou a instalação dessas Indústrias no Estado especialmente em Açailândia, porque não havia para quem vender seu minério de ferro, HOJE A COMPANHIA VALE SIMPLESMENTE IGNORA O SETOR, o Ferro Gusa produzido pelas Siderúrgicas tem 50% do seu custo vinculado ao preço do minério de ferro, somente no primeiro semestre deste ano, a VALE aumentou o preço do minério de ferro em mais de 171%, de US$ 48 para mais de US$ 130.
Essa alta cria um absoluto desequilíbrio para as Indústrias de Ferro Gusa é representa uma grande injustiça com as Indústrias Siderúrgicas Maranhense é seus Trabalhadores que estão perdendo seus empregos para trabalhadores Chineses, a VALE adotou um sistema de aumento trimestral do minério de ferro, é o mesmo sistema praticado com as Indústrias Chinesas, com uma diferença crucial, eles pagam mais barato, porque tem frete subsidiado (não pagam vários impostos), além do mais a VALE impõem aumento de 16% na utilização da logística da estrada de ferro Carajás, (FRETE) enquanto a Agencia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) recomendou aumento de 0,7% para o período. É o FRETE mais caro do Mundo.
O SINDICATO DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS DE AÇAILÂNDIA, em conjunto com CUT - CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES, CNM/CUT - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS METALÚRGICOS DA CUT e a FIMETAL - FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DOS METALÚRGICOS DO NORDESTE, não iremos medir esforços para garantir os postos de trabalho dos metalúrgicos Açailandenses, junto ao Governo Municipal, Governo do Estado é Governo Federal, pois não é justo adotar para as Empresas Maranhenses que estão ao lado de Carajás, um preço até mais alto do que o praticado com China, país que está do outro lado do mundo é que vem apresentando os maiores índices de crescimento econômico, diferentemente do Brasil é do Maranhão, precisamos que as autoridades desse país se posicionem a respeito do problema para manter assim o emprego dos trabalhadores Açailandenses.
Jarles Adelino - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Açailândia
Fonte: CNM/CUT
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