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Setor de veículos reflete as dimensões da crise Brasileira
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O descompasso entre a oferta e a demanda de veículos ampliouse muito em abril, com a queda das vendas de autos e comerciais leves ao consumidor final de 6,36%, em relação a março, e de 24,35%, em relação a abril de 2014, segundo a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave). Sem perspectivas de retomada no curto prazo, montadoras dão férias coletivas ao pessoal, mantêm trabalhadores em layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho), criam bancos de horas ou interrompem a produção.
A Volkswagen decidiu paralisar a produção por dez dias na fábrica de São Bernardo do Campo, o mesmo ocorrendo com a fábrica da General Motors em São Caetano do Sul. Juntas, as duas empresas respondem por 1/3 das vendas no mercado interno e estão com estoques excessivos.
A crise atual é pior que a de 2008, disse o presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, à repórter Cleide Silva, do Estado. Já não há instrumentos disponíveis para abrandar a queda, como a redução do IPI, notou Ardila. Muitos consumidores se endividaram e os juros subiram, o que desestimula a aquisição de veículos financiados.
Entre os primeiros quadrimestres de 2014 e de 2015, as vendas de autos e comerciais leves diminuíram 18,39%, de 1,054 milhão para 860 mil unidades. Também caíram as vendas de caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e máquinas agrícolas.
Em março, a Fenabrave estimava em 10% a redução das vendas de veículos neste ano. Mas, agora, prevê uma queda de 18,93%, de 3,497 milhões para 2,835 milhões de unidades. Já foram fechadas 250 revendedoras e esse número poderá atingir 800, se a crise persistir até o fim do ano. As demissões poderão alcançar de 35 mil a 40 mil pessoas, calcula o presidente da entidade, Alarico Assumpção Junior.
As vendas de veículos cresceram ininterruptamente entre 2004 e 2012, estabilizandose em 2013 e caindo quase 6% no ano passado. Se as estimativas da Fenabrave se confirmarem, a queda das vendas, neste ano, será muito mais intensa do que a de 2014.
Sem um horizonte claro o ajuste fiscal "é bemvisto para o futuro, mas, no curto prazo, terá efeitos negativos no bolso e na psique dos consumidores", disse ao Estado o presidente da GM do Brasil, Santiago Chamorro , os investimentos tendem a diminuir e a retomada do mercado poderá ficar para 2017, se a política econômica for bemsucedida.
Fonte: O Estado de São Paulo
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